27 de ago. de 2007

Viva a simultaneidade! Valorizemos suas tão raras aparições.

P.S.: Essa é só pro meu amor!

26 de ago. de 2007

Eu nunca estou sozinha. Dialogo com a menina de seis anos que tomava banho ao cair da tarde, antes de chegar o pai, no banheiro simples pintado meio-a-meio de azul óleo descascado, com cortina de plástico e vaso logo ao lado. Ela se divertia com o chuveiro e aprendia a lavar sozinha os cabelos. E isso tudo só foi possível pela combinação de Ox tangerina no contato com minha pele no momento exato do meu suor e cansaço.
Ela veio me visitar. Combinação que vale a vida. É a minha.
E faço da vida uma aventura sem tempo. Onde os maiores sonhos podem ser vistos no reflexo da janela.

E ele um dia apareceu... Apostou no escuro a nossa felicidade.

Nosso Peixe Ficou com ciúme do post anterior...

Apresentando, Nosso Outro Peixe :)

20 de ago. de 2007

Sem sono. Razão ao lado. Da vida e da insônia. Prospectos do dia que chega, devagar. Quando eu me deitar, será rápido, sei. Troca das palavras, fujo o olhar. Revelo, perdôo. Deixo perdoar.

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Quando é só necessidade e obrigação, faço o primeiro verso. Retiro vogais. Ordem indireta. Poupo adjetivos. Fica tudo no ar.
Nosso peixe estava triste. Nós também. Agora temos Nosso Outro Peixe.
Não escrevi nada para os quatro meses. Essa corrida maluca contra o tempo, que só quem trabalha, estuda, tem casa e cuida do jantar sabe como é. A homenagem esse mês não teve palavras, mas teve cuidados e afetos que eu tentei transmutar em gestos, nem sempre compreendidos, confesso. Isso também faz parte. Tudo agora faz, das pequenas às grandes coisas. Um dia de cada vez. O universo todo em cada dia. É assim que sinto com você.

12 de ago. de 2007

Há uma entidade escondida em cada chawan de missoshiro. Sua função é revirar o misso de forma caleidoscópica. Ao longo de anos, o movimento é sempre o mesmo e segue uma matemática universal.
A família Untem aumentou! Agora também mora no Copinho o Nosso Peixe! Ele é meio enjoado pra comer. Puxou a mãe :)

5 de ago. de 2007

Sim, eu sou pequena em minha mesquinhez, mas é que me irrita profundamente quando você pede uma porção caríssima de uma comida idiota qualquer e todo mundo pega.
Não precisei sair da cama para conhecer o melhor lugar, a melhor companhia, a conversa mais sincera e importante, o verdadeiro sentido. Não precisei de silêncio e paz. Não invoquei entidades nem cantei mantras. Não lutei uma vida inteira para encontrar, nem tive um insight qualquer. Foi ali mesmo, no tempo de um acordar e um deixar-se levar. Entre tantos atos. Juntos.

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E isso é todo dia, quando tempo há.
Algumas ruas têm cheiro de amaciante de roupa, que às vezes se entrecruza num outro doce abraço de guaco ou outro qualquer. Remete à lembrança que ainda virá, invertida num jogo de espelhos que nunca chega ao fim.

Rua Joaquim Távora, passos lentos, 19h45.

1 de ago. de 2007

Coisas da viagem =)))

Angioplastia: plástica no anjo.

Maior declaração de amor do mundo: "Te amo tanto quanto um prato de penne no hospital" - eu garanto, é impossível gostar mais!

O Astraprata, que também atende pelo apelido carinhoso de "Astrinha", tem um "ímã empurrador". Qualquer objeto que esteja à sua frente é instantaneamente jogado para o lado.

Não trabalhar tem um efeito poderoso na trajetória de uma vida. Primeiro de liberdade, de merecimento, de possibilidades. Depois de paralisi...