8 de jan. de 2010

Eu estava fazendo tudo errado, mas vó Terezinha me deu uma luz. Então, lá vai a receita de strogonoff de carne que, segundo o Siger, é a melhor comida que eu já fiz em quase três anos:


Corte a carne em tirinhas de mais ou menos 3cm x 2cm.
Tempere com vinagre, alho, sal, orégano e tempero baiano (mistura de pimenta do reino com sei-lá-mais-o-quê)
Em uma panela de pressão, coloque óleo (de girassol, claro) e deixe esquentar bastante
Coloque a carne em pedacinhos, sempre em fogo alto, e deixe até que toda a água formada pela carne evapore. A carne deve ficar dourada
Acrescente cebola picada, coloque um pouco de água até quase cobrir carne e tampe a panela
Sem abaixar o fogo, deixe na pressão por aproximadamente quinze minutos
Tire a pressão da panela (que ainda terá um pouco de caldo da carne) e acrescente uma lata de creme de leite sem soro, um pouco de molho de tomate, mostarda, catchup, molho inglês e champignon (que eu corto em tiras pra render mais)


Tá feito!
Olhando pela janela do alto do prédio, dava pra ver a água vindo do mar, invadindo toda a cidade em ondas enormes. Quem percebeu foi minha irmã, que entrou gritando dizendo que tínhamos que sair. Mas já não havia tempo. As ruas estavam completamente tomadas. Entramos no quarto e acordamos todos. Ao todo estávamos em seis. Por uma espécie de alçapão tentaríamos escapar e, logo abaixo dele, estava uma enorme baleia à nossa espera. O esquema era: havia duas canoas, onde cabiam, em cada uma, três pessoas deitadas, uma atrás da outra. A baleia nos levaria nas canoas. Perguntaram se eu estava com medo de entrar no alçapão apertadíssimo e com aparente gelo. E eu entrei. E fugimos. Mais tarde, passávamos por um hotel correndo. As pessoas ainda não sabiam do desastre que se aproximava também lá. Eu tentava pegar alguns lanchinhos pra comer na viagem. E continuávamos a correr, fugindo dos funcionários do hotel. A baleia, inclusive. Fim. Freud, missplic!
O bater de portas trinca o respeito.

7 de jan. de 2010

Que adoro suas unhas de um rosa feio que só combinam com o cabelo, e a ausência total de verde e azul que eu preso tanto, mas que nela não caem bem. minha namoradinha.

4 de jan. de 2010

Primeiro dia efetivo do ano, quando fica mais uma vez evidente que é só um dia depois do outro. E se você não parar pra pensar, nem vai perceber que é época de renovação e esperança.
O que eu queria mesmo agora, era ver essa chuva, que logo vai cair, do alto da minha casa, na vista cinza de amarelo atravessado, antes mesmo de acenderem as luzes em movimento. E estar na dúvida de em qual prato servir o jantar: se no branco com toalha azul, ou no colorido de toalha branca. Essas preocupações tão mundanas e inúteis de felicidade. Longe, muito longe, do peso das datas de inscrição, avaliação e entrega. Longe, mas muito longe mesmo, das tão profundas catástrofes desencadeadas por palavras.
Sempre tive dificuldade para classificar. E pior: a necessidade de fazê-lo. Quando criança, diante das revistas de moda e casa, me incomodava a dúvida do estilo favorito: romântico, casual, chique? Não me permitia escolher um estilo e ainda gostar de uma peça pertencente a outro. Era preciso fazer A escolha. E segui-la. E aí que disso tudo só poderia nascer o inverso, o não-estilo, a não-escolha, porque ninguém pode ter um canal tão impenetrável.

1 de jan. de 2010

"Já cedo se apaixonou pela menina de cheiro da cor das unhas vermelhas. Por seus movimentos suaves mas precisos. Por sua maneira natural de fechar os olhos ao ouvir música. Ela, que mesmo de olhos fechados, sentiu o perfume das bancas de flores e os abriu por mera diplomacia, pois já as sabia ali. Ela, que se desculpou por esbarrar na planta, e sorriu para a própria sombra, que de tão exausta, amanheceu pura."

Saudade...
Há pouco eram resoluções. Agora, justificativas.
Pra quem não vê sentido na vida, uma falta de sentido qualquer pode ser o fim da vida.

Não trabalhar tem um efeito poderoso na trajetória de uma vida. Primeiro de liberdade, de merecimento, de possibilidades. Depois de paralisi...