29 de set. de 2011

Síndrome do braço gordinho.
Álvaro de Campos já o tinha.

Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço.

25 de set. de 2011

Uma chuva muito fina passa na janela. Algumas ficam. Nos apartamentos vizinhos é tudo solidão. A ausência da cortina me deixa exposta minhas mais profundas fraquezas. O coqueiro que balança ao vento não tem escolha. É ficar e amortecer. O vento. O mesmo que traz a chuva muito fina, leva parte da vida, sem escolha. Sem escolha.

24 de set. de 2011

É preciso que haja alguma consistência entre o que se diz, entre o que se diz pensar e o que se faz.

10 de set. de 2011

na parede de florais estampas, de azul ao fundo, daquele meio verde, algo de grande frente ao aparador, que tem bacia e jarro de porcelana ou estanho. por que não margaridas? ao lado, talheres cobre-esverdeados, descobertos. e um retrato sépia emoldurado no tempo. sem tempo, ainda tem cor, distorcida no bisotê do espelho.

Não trabalhar tem um efeito poderoso na trajetória de uma vida. Primeiro de liberdade, de merecimento, de possibilidades. Depois de paralisi...