Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
31 de jul. de 2011
24 de jul. de 2011
Homens e mulheres. A questão do gênero. Alguns, terão sempre alguém a perceber que é chegada a hora do jantar. Alguém pra sumir as sobras, as manchas, as migalhas. Terão sempre mãos ágeis a catar, a guardar, a ordenar. Alguns, jamais sofrerão a dor da solidão, o peso da obrigação velada. Sequer saberão. Algumas desejarão eternamente, de volta, suas mães.
Elas desejarão ainda a surpresa do café preparado, da mesa posta no voltar pra casa, nada pelo chão. Elas desejarão eternamente, de volta, não só a pessoa de, mas a atenção de suas mães.
Serão elas, mães. Sem filhos, mães.
22 de jul. de 2011
16 de jul. de 2011
me reflito em flores, fortes, grandes, flores fortes não porque grandes, mas porque intensas, com um quê de esmaecido, um quê de esquecido, um quê de deixado pra trás.
me reflito não em preto, meu conforto, mas em formas. flores enformadas pra se darem ao tempo, ao deleite, ao desatento.
me reflito como quem se pinta, vejo o que quero ver. uma tristeza tão bonita, não tão jovem ainda, mas tantos erros a cometer.
me reflito na pena, do esperar. De novo o mesmo esperar? Por que ainda espera? E por quem?
Reflito.
me reflito não em preto, meu conforto, mas em formas. flores enformadas pra se darem ao tempo, ao deleite, ao desatento.
me reflito como quem se pinta, vejo o que quero ver. uma tristeza tão bonita, não tão jovem ainda, mas tantos erros a cometer.
me reflito na pena, do esperar. De novo o mesmo esperar? Por que ainda espera? E por quem?
Reflito.
A lente não deixa ver bem de perto. Faz pensar o ato de ver, que não deveria ser. Deveríamos poder ver sem pensar no ver. Viver sem pensar no viver. Apenas seguir adiante. Mas a lente, de perto, não deixa ver bem. Ela lembra que há um intruso entre o que sou e a vida. Que há um intruso a modificar, a tipificar, a categorizar o olhar sobre o mundo como "não bom". Talvez seja até bom. Talvez possa vir a ser. A lente deixa ver bem de longe. Saem os anteparos e já nem penso. Pensar é trazer pra perto. E a lente não deixa ver bem de perto. O longe? Melhor não pensar.
14 de jul. de 2011
9 de jul. de 2011
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... a metáfora do mergulho (a invenção de uma língua dentro da língua). Não mais o mergulho como busca da palavra justa, bela, precisa (o c...
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