Ando com saudade do meu cabelo comprido e dos meus quilos a menos.
Ando com saudade do tempo em que acordava cedo no meu ap e preparava algo saudável pro café da manhã.
Ando com saudade do sol batendo forte na janela da minha sala depois do almoço, e de eu terminar de lavar a louça e ficar vendo o entardecer pela janela.
Ando com saudade do tempo em que não tinha dívidas, e que o futuro era longe o suficiente pra eu não precisar me desesperar por não ter um bom emprego, uma boa conta no banco, uma obrigação para com a vida.
Ando com saudade de viver, seja lá o que isso signifique.
Hoje queria ter ido ao mercado comprar iogurte natural. Queria ter colocado os textos da faculdade em ordem. Queria ter andado na bicicleta que eu não tenho. Queria até, ter lavado roupa na minúscula área de serviço que ainda não é minha, mas que já me espera, em algum prédio antigo e charmoso no centro da cidade.
Como diz minha amiga que não me conhece Alice Chebel, acho que estou na sala de espera da vida...
Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
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