Mas que quer dizer nacionalizar a língua portuguesa? Será misturá-la com o tupi? Ou será dizer em português aquilo que é intraduzível, e que tem cunho particular nas línguas estrangeiras? Mãos à obra. Daqui em diante, em vez de dizer passeei num coupé, se dirá andei num cortado.
(...)
Quem não quiser por isso, pode agarrar-se à língua tupi, e achará nela uma mina ainda não explorada de imagens poéticas, uma multidão de nomes fanhos, de frutas, de coquinhos, de bichinhos, de cipós, que devem ser de uma originalidade encantadora. Teremos então cabelos de samambaia, lábios de uricuri, olhos de guajirú, et reliquia commitante caterva.
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