passei apressada pela vitrine. vi! e ela me viu. parei. pestanejei. passei. na volta, desviei do caminho certo. entrei. olhei, olhei, olhei. pensei em tudo de lindo que sairia dali. cafés da manhã mais felizes, heleninha querendo o dela sem presunto. hiroshi querendo o dele com muito queijo. siger querendo o dele com tudo! peguei a fila sem fim e ela quase não acabou, mas fui pra casa com esses poucos momentos de certeza. peguei metrô, ônibus, desci na padaria. pés cansados, muito cansados. obrigações pesando na bolsa. pedi cinco. chegando, chás direto pro congelador! pronto o cenário. pronto o figurino. prontas as falas. espera. ninguém assistiu à peça. encenei sozinha uma felicidade de mentira.
Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
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2 comentários:
Não é de mentira. Onde está a verdade senão nas vontades e nos desejos?
A realidade somos nós que criamos. A encenação da vida é uma constante. Continue e verá que não é e não será mentira.
Mas fiquei com uma dúvida: como é o chá? De garrafa pet ou a erva triturada?
Da minha casa é Igual
Vi
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