Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
11 de dez. de 2011
eu pensei que, contrariando todas as expectativas e piores sonhos, poderia ser feliz. pensei que a felicidade saindo dos poros pudesse durar pra sempre, pudesse ser real. que importam os problemas do mundo, as desigualdades, os salários, a baixeza deles. que importa? importava mais não. porque pensei que, contrariando tudo que até então havia, seria, enfim, feliz. eu fui. fui, fui, e me perdi. e o não ter o que mais desejar se transformou em choros abafados no banheiro, imagens nunca vistas recriadas na memória. muito, muito sofrimento. tudo guardado o mais fundo possível, alheio aos olhos superficiais. lá, escondidos, fizerem o que bem quiseram. e tanto fizeram, que acharam a tal felicidade. despedaçaram-na. voltei a ser eu. às vezes, me deixo voltar a pensar, que poderia ser feliz.
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