Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
28 de nov. de 2012
da cozinha para a sala, afasta a cortina. fora é sol, ele não chega... se volta ao escuro dos móveis. cerra os olhos... e então ele vem.
http://www.youtube.com/watch?v=BHBvksGdhxA
http://www.youtube.com/watch?v=BHBvksGdhxA
6 de nov. de 2012
30 de ago. de 2012
ao menos uma vez ver tudo, sem precisar nada. passar pelas coisas que acontecem longe nas fotos dos blogs. padrões de cor pastel, flores e estampas. flores nas estampas pasteis que tudo cobrem. ficção sem portão. grama e árvore. ficção nos submetermos sem escolha. que já tivemos e nos desistiram de alcançar.
21 de ago. de 2012
20 de ago. de 2012
à parte do que vivemos é a vida real. não importam nossos problemas. nossas perdas são qualquer perda. a rotina é passar de tempo. à parte dessa vida estão os livros, os sons e a matriz que nunca cessa. sofrer a subvida é pequeno e inevitável. não faz diferença se pensamos ou sentimos ou fazemos. não muda se compramos, mudamos, vestimos. a vida real está lá fora.
18 de ago. de 2012
15 de ago. de 2012
8 de jun. de 2012
6 de mai. de 2012
22 de abr. de 2012
sento em frente ao computador e nada vem. nenhuma vontade, nenhuma paixão, nenhuma curiosidade. sento em frente e quero dar de costas. dar as costas ao peso todo que foi o dia passado. a família, os vícios, os gritos, os gritos. os gritos e os vícios ainda não me deixarão dormir em paz. tirarão minha paz em vida. tirarão quando da morte.
15 de abr. de 2012
8 de abr. de 2012
7 de abr. de 2012
1 de abr. de 2012
forcei os olhos fechados o tempo maior possível. que não vissem as embalagens vazias, as meias usadas, os comprovantes de crédito. que não vissem a geladeira vazia. o estômago vazio. a vida vazia. que não vissem o passar lento do tempo e tudo que existe aguardando atrás da porta. que não vissem. jamais.
3 de mar. de 2012
26 de fev. de 2012
Estava nos rascunhos... de 2008
Noite inconstante, ou melhor, constante: o não dormir bem. Cuidado para não acordá-lo, pensamentos poucos mas vagos. Acordei com dor no osso, frio, hipersensibilidade a o que quer que seja. Saí apressada e, ao contrário de todos os dias, dei uma olhadela atenciosa ao portal de lata de um dos muitos prédios debaixo do minhocão. Dizia: "Ela odeia o centro. Eu amo!!!". Identificação imediata, latente! Três pontos de exclamação. Eu sei o que isso quer dizer. Vim no ônibus pensando nisso. Claro que as pessoas que moram no centro, em sua grande maioria, dão em grande parte o tom degradado, mas nem entremos em questões sociais. Tudo o mais, se não por intervenção dos mesmos, é tão mágico, tão história-viva... "Põe o quanto és em cada coisa", ou coisa assim... é isso! Cada fachada, cada porta, cada escadaria, detalhe, tudo é o quanto pode ser. Se valesse só a praticidade e a
Noite inconstante, ou melhor, constante: o não dormir bem. Cuidado para não acordá-lo, pensamentos poucos mas vagos. Acordei com dor no osso, frio, hipersensibilidade a o que quer que seja. Saí apressada e, ao contrário de todos os dias, dei uma olhadela atenciosa ao portal de lata de um dos muitos prédios debaixo do minhocão. Dizia: "Ela odeia o centro. Eu amo!!!". Identificação imediata, latente! Três pontos de exclamação. Eu sei o que isso quer dizer. Vim no ônibus pensando nisso. Claro que as pessoas que moram no centro, em sua grande maioria, dão em grande parte o tom degradado, mas nem entremos em questões sociais. Tudo o mais, se não por intervenção dos mesmos, é tão mágico, tão história-viva... "Põe o quanto és em cada coisa", ou coisa assim... é isso! Cada fachada, cada porta, cada escadaria, detalhe, tudo é o quanto pode ser. Se valesse só a praticidade e a
21 de fev. de 2012
grampos, marca de uma época. inda em uso, não à mostra. não se importava, exceto em mostrá-los vivos, ali. cabelos, tons tão indesejados. desejava-os! o não cuidado pensado, medido, e mais uma vez pensado. os imprevistos, quando previstos, merecem ser mostrados em todos os seus caprichos.
envelhecera, enfim.
envelhecera, enfim.
moro no 23 andar de um prédio de 25. minha vista à frente tem uma placa-mãe de slots de fábricas. se eu não escrever, talvez os filhos da Heleninha e Hiroshi não saibam que aqui no Ipiranga tem um cheiro de coisas sendo feitas nas fábricas e que não são de comer. talvez não saibam que as folhas de vidro da varanda, quando abertas, deixam entrar ar e ruído, que nunca cessa, mesmo às altas horas da madrugada. de uns tempos pra cá vemos um shopping com suas luzes sempre acesas. de lá nos vemos a nós aqui, mas sem contornos ou lembranças. é apenas mais um número. daqui, o olhar que sai é único e a moldura também. tem o posto, o mercado agora vazio, o viaduto. tudo muito feio e sem brilho. tem uma torre na fábrica de linhas que ainda funciona nos dias de hoje. e os fios são espécie de células de tecidos vivos. a torre. chaminé? o viaduto é tortuoso, desemboca aqui em casa, como um elo. entre as zonas, entre os bairros, entre o lá e cá. de lá pra cá, o cá tem outras cores, outras formas, outros vazios. de cá pra lá também. não sei se o olhar de fora é o verdadeiro, ou o real é o olhar de quem vive. desde pequena tenho os dois. com concentração mudo a chave, o canal, e sinto a imagem com o olhar de fora, sem vícios, sem parentismos, sem o viver junto. difícil. não sei qual o canal real. como podem duas realidades serem a mesma tão diferentes? corre álcool aqui. slooooowwwwwmotion, como eu digo sempre. as lágrimas vêm e parecem ser por nada. mas tem tanta coisa guardada, não dita, inaudita. tem tanta história pra contar e ninguém pra ouvir. tem tanto medo aqui do alto do 23 andar ao olhar pra baixo e pensar que tudo pode acabar assim. nonada.
voltei do Sherlock com a necessidade de beber álcool, qualquer que fosse. o prosecco final, em copo simples, não tem o mesmo sabor dos vinhos em cálice de cristal, ou canecas de estanho. nem é bom como os vinhos. que seja. minhas plantas e vizinhos dormem todos. nem luz azulada nas paredes vendo tv. eu olho os carros que passam e bebo uma felicidade qualquer. as histórias têm sido poucas pras tantas imagens que se movimentam sem parar. se parassem, saltariam os cenários, as épocas e dores.
19 de fev. de 2012
14 de fev. de 2012
Inspirar é colocar pra dentro ideias, sonhos, vida. É querer mudar o mundo num minuto. É poder mudar o mundo aqui e agora. Dispor objetos, pensar cores, formas, amores. InspirAÇÃO.
http://studiodalu.com.br/
http://studiodalu.com.br/
12 de fev. de 2012
11 de fev. de 2012
29 de jan. de 2012
Fechei agora os CDs da dissertação corrigida. Amanhã o ciclo de fato se fecha. Bato a porta atrás de mim mas sinto que olharei pra trás. Mais que isso, revisitarei os lugares, as sensações, boas e más, de estar onde consiga ver o infinito de possibilidades. Tudo é um horizonte sem-fim, e cada frase, página preenchida, me coloca um passo à frente, e mais um. Dei alguns. E desse lugar que conquistei só posso querer ir adiante. É singular. Esse tal conhecimento...
22 de jan. de 2012
o cheiro é das roupas úmidas secas no corpo. as músicas colocam tudo em sintonia com o que de mais triste se mode sentir. como dói não poder simplesmente sair.
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não sou para esse mundo.
repito. existe algo de errado no que eu sou, no que penso ser, no que dou a parecer. uma matriz complexa. o tear que, como aquele, vez ou outra lança um ponto fora.
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não sou para esse mundo.
repito. existe algo de errado no que eu sou, no que penso ser, no que dou a parecer. uma matriz complexa. o tear que, como aquele, vez ou outra lança um ponto fora.
Vontade de jogar fora todas as embalagens já abertas da geladeira e dispensa. Jogar as roupas descosturadas, manchadas, apertadas, batidas. Jogar as muitas folhas de rascunho. Os objetos ganhos e sem sentido. Os vasos sem flor. Vontade de jogar todos os mais-ou-menos e seguir adiante com pouco, muito pouco, mas que são inteiros.
6 de jan. de 2012
são baixas. cabelos cacheados, mais ou menos compridos. muito brancas, cintura abaixo da média. nas mãos, um livro denso com marcador inusitado. jeans de sutil lavagem. algodão. bolsa e poucos acessórios pensados para não impressionar. sentem frio! (blusas nas costas). unhas curtas, não cuidadas, mas não descuidadas. são simples, fora da curva, fora do que se espera, não querem ser esperadas, esperam ser encontradas. encontrei duas já. pintava de ponto preto a pálpebra superior, qual boneca. desfilava no metro sua leve insignificância.
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Não trabalhar tem um efeito poderoso na trajetória de uma vida. Primeiro de liberdade, de merecimento, de possibilidades. Depois de paralisi...
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admiração por tudo o que você faz, e bem. encantamento pelas palavras e músicas traduzidas ao pé do ouvido. amo como nunca. já não há pesar.
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... a metáfora do mergulho (a invenção de uma língua dentro da língua). Não mais o mergulho como busca da palavra justa, bela, precisa (o c...
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