Estava nos rascunhos... de 11/01/2008
Lógica brilhante das crianças!
"Mamãe, agora eu posso brincar com 'issos'"
Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
26 de fev. de 2012
Estava nos rascunhos... de 2008
Noite inconstante, ou melhor, constante: o não dormir bem. Cuidado para não acordá-lo, pensamentos poucos mas vagos. Acordei com dor no osso, frio, hipersensibilidade a o que quer que seja. Saí apressada e, ao contrário de todos os dias, dei uma olhadela atenciosa ao portal de lata de um dos muitos prédios debaixo do minhocão. Dizia: "Ela odeia o centro. Eu amo!!!". Identificação imediata, latente! Três pontos de exclamação. Eu sei o que isso quer dizer. Vim no ônibus pensando nisso. Claro que as pessoas que moram no centro, em sua grande maioria, dão em grande parte o tom degradado, mas nem entremos em questões sociais. Tudo o mais, se não por intervenção dos mesmos, é tão mágico, tão história-viva... "Põe o quanto és em cada coisa", ou coisa assim... é isso! Cada fachada, cada porta, cada escadaria, detalhe, tudo é o quanto pode ser. Se valesse só a praticidade e a
Noite inconstante, ou melhor, constante: o não dormir bem. Cuidado para não acordá-lo, pensamentos poucos mas vagos. Acordei com dor no osso, frio, hipersensibilidade a o que quer que seja. Saí apressada e, ao contrário de todos os dias, dei uma olhadela atenciosa ao portal de lata de um dos muitos prédios debaixo do minhocão. Dizia: "Ela odeia o centro. Eu amo!!!". Identificação imediata, latente! Três pontos de exclamação. Eu sei o que isso quer dizer. Vim no ônibus pensando nisso. Claro que as pessoas que moram no centro, em sua grande maioria, dão em grande parte o tom degradado, mas nem entremos em questões sociais. Tudo o mais, se não por intervenção dos mesmos, é tão mágico, tão história-viva... "Põe o quanto és em cada coisa", ou coisa assim... é isso! Cada fachada, cada porta, cada escadaria, detalhe, tudo é o quanto pode ser. Se valesse só a praticidade e a
21 de fev. de 2012
grampos, marca de uma época. inda em uso, não à mostra. não se importava, exceto em mostrá-los vivos, ali. cabelos, tons tão indesejados. desejava-os! o não cuidado pensado, medido, e mais uma vez pensado. os imprevistos, quando previstos, merecem ser mostrados em todos os seus caprichos.
envelhecera, enfim.
envelhecera, enfim.
moro no 23 andar de um prédio de 25. minha vista à frente tem uma placa-mãe de slots de fábricas. se eu não escrever, talvez os filhos da Heleninha e Hiroshi não saibam que aqui no Ipiranga tem um cheiro de coisas sendo feitas nas fábricas e que não são de comer. talvez não saibam que as folhas de vidro da varanda, quando abertas, deixam entrar ar e ruído, que nunca cessa, mesmo às altas horas da madrugada. de uns tempos pra cá vemos um shopping com suas luzes sempre acesas. de lá nos vemos a nós aqui, mas sem contornos ou lembranças. é apenas mais um número. daqui, o olhar que sai é único e a moldura também. tem o posto, o mercado agora vazio, o viaduto. tudo muito feio e sem brilho. tem uma torre na fábrica de linhas que ainda funciona nos dias de hoje. e os fios são espécie de células de tecidos vivos. a torre. chaminé? o viaduto é tortuoso, desemboca aqui em casa, como um elo. entre as zonas, entre os bairros, entre o lá e cá. de lá pra cá, o cá tem outras cores, outras formas, outros vazios. de cá pra lá também. não sei se o olhar de fora é o verdadeiro, ou o real é o olhar de quem vive. desde pequena tenho os dois. com concentração mudo a chave, o canal, e sinto a imagem com o olhar de fora, sem vícios, sem parentismos, sem o viver junto. difícil. não sei qual o canal real. como podem duas realidades serem a mesma tão diferentes? corre álcool aqui. slooooowwwwwmotion, como eu digo sempre. as lágrimas vêm e parecem ser por nada. mas tem tanta coisa guardada, não dita, inaudita. tem tanta história pra contar e ninguém pra ouvir. tem tanto medo aqui do alto do 23 andar ao olhar pra baixo e pensar que tudo pode acabar assim. nonada.
voltei do Sherlock com a necessidade de beber álcool, qualquer que fosse. o prosecco final, em copo simples, não tem o mesmo sabor dos vinhos em cálice de cristal, ou canecas de estanho. nem é bom como os vinhos. que seja. minhas plantas e vizinhos dormem todos. nem luz azulada nas paredes vendo tv. eu olho os carros que passam e bebo uma felicidade qualquer. as histórias têm sido poucas pras tantas imagens que se movimentam sem parar. se parassem, saltariam os cenários, as épocas e dores.
19 de fev. de 2012
14 de fev. de 2012
Inspirar é colocar pra dentro ideias, sonhos, vida. É querer mudar o mundo num minuto. É poder mudar o mundo aqui e agora. Dispor objetos, pensar cores, formas, amores. InspirAÇÃO.
http://studiodalu.com.br/
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12 de fev. de 2012
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