Dos rascunhos de 08/12/2012...
estou imóvel. me é tirado o único conforto: planejar. não posso pensar no futuro, breve ou longínquo. não posso tecer listas, desejar, sonhar. não posso nada, porque nada pode. me imponho dependências porque amo. libertar é deixar ir, desistir, abandono. olho pros lados e não sei como sair. penso possibilidades que só me farão distanciar.
Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
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