Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
30 de abr. de 2006
Aceitar-se só e seguir adiante.
Sem temer o novo, a dúvida, a solidão.
Se planejou, se arrumou e saiu.
Mas o ônibus não veio.
E uma vez mais, tudo se desfez.
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nada de alphaville
nada de metropolis
mas encouraçado potemkin virá
e arca russa também
e moça com brinco de pérola
e quem sabe seja um pouco feliz.
28 de abr. de 2006
21 de abr. de 2006
Pegar o ônibus às 6h20
Chegar ao centro às 6h55
Esperar o ônibus até às 8h15
(ouvir de um alma caridosa e curiosa, que o Mercado da Lapa não circula aos domingos e feriados)
Pegar outro ônibus às 8h20
Descer do ônibus (porque o caminho que ele faz é muito longo e eu demoraria mais para chegar) às 8h30
Pegar outro ônibus às 8h50
Chegar no Senac às 9h10
O tempo perdido
A felicidade pra sempre aprisionada.
19 de abr. de 2006
Talvez por sempre tolerar e suportar o que não convém, por ser sempre doce e só ouvidos, conheço o peso que isso traz. A hora em que a gravidade clama pela pele sempre arqueada, a sorrir.
No virar de costas, o suspiro, a alma caridosa que sofre.
Estou infeliz, pela carga de generosidade, dentre tantas outras coisas...
18 de abr. de 2006
14 de abr. de 2006
Sou incapaz de dizer "não" a um pedido de ajuda ou trabalho, mas sou incapaz de dizer "sim" à vida simples, à felicidade.
Não suporto mais meus picos de irritação, stress, nervosismo.
Não suporto mais bagunça, sujeira por todos os lados.
Não suporto mais estar longe, e com sono.
Sábio é o criador, que deixou a tomada fora do nosso alcance.
12 de abr. de 2006
(...)
- Por favor, cativa-me!
As marcas se fazem ver,
o cansaço é nítido,
os olhos já não dizem tanto.
Numa hora tão bela,
noutra tão infeliz.
Tão miseravelmente perdida,
sozinha e infeliz.
E nem os ovinhos de páscoa
ou os risos no trabalho
Hão de encobrir por muito tempo
A máscara de triste agora fixa.
E a esperança da vida revelada,
às limpas
É mais que um desejo.
É uma necessidade, sofrida.
5 de abr. de 2006
O que se cala diante do não ter o que dizer.
Feliz é o ignorante que não complica, não questiona, não teoriza.
Feliz são momentos, cheiros, uma dor.
Que de tanto doer, causa graça. Momento de reflexão, coração.
Feliz são pessoas únicas, lembranças, posse.
Feliz é a paixão, o calor, o som.
Feliz é uma pausa, sentida, interna.
Feliz não sei. Vejo, sinto, digo.
Nas dores, as felicidades que revivem no ar,
e o ar que pesa, tentando esquecer.
E finalmente, o cansaço. Depois de um mês, a não-rotina rotinizou. Acordar às 4h20min já não tem a mesma graça. Ver o centro amanhecendo também não. Já não vejo mais aquelas cores, e me acompampanha o sono no trajeto até o trabalho. E durante ele. E na volta.Quase meio do ano. Quase nada mudou.
Mas há momentos felizes: comer milho com a Tatá, ver palestra Russa, entrar pela primeira vez na biblioteca Mário de Andrade. Essas coisas quase conseguem compensar tudo...
E como sempre tem que ter alguma sujeira no cantinho do quarto limpo, me sinto perseguida, encurralada, telefonada, procurada. Ter que fazer minha mãe dar desculpas ao telefone, deixar de atender outros... Por que não pode ser o simples estado normal das coisas? Por que sempre há algo lá no fundo, que incomoda?
Ah! Hoje descobri um site maravilhoso: http://www.visitesaopaulo.com/acidade/tourvirtual3d.asp
Vale a pena fazer o tour 3D pelo teatro municipal!
3 de abr. de 2006
E tudo já fora tão belo...
Como num sonho, em que me sabendo sonhando, não traio, por respeito às regras dos homens e desrepeito aos instintos da alma.
Não trabalhar tem um efeito poderoso na trajetória de uma vida. Primeiro de liberdade, de merecimento, de possibilidades. Depois de paralisi...
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admiração por tudo o que você faz, e bem. encantamento pelas palavras e músicas traduzidas ao pé do ouvido. amo como nunca. já não há pesar.
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... a metáfora do mergulho (a invenção de uma língua dentro da língua). Não mais o mergulho como busca da palavra justa, bela, precisa (o c...
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Barqueiro deveria escrever o "Livro do Desassofrego". sôfrego adjetivo 1 . próprio do que come ou bebe com pressa...