Feliz é o que não vê, o que não sente.
O que se cala diante do não ter o que dizer.
Feliz é o ignorante que não complica, não questiona, não teoriza.
Feliz são momentos, cheiros, uma dor.
Que de tanto doer, causa graça. Momento de reflexão, coração.
Feliz são pessoas únicas, lembranças, posse.
Feliz é a paixão, o calor, o som.
Feliz é uma pausa, sentida, interna.
Feliz não sei. Vejo, sinto, digo.
Nas dores, as felicidades que revivem no ar,
e o ar que pesa, tentando esquecer.
Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
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