Ah, mas fiz algo grandioso. Joguei fora a materialização dos meus quatro anos de faculdade. Todas as xérox, folhas de fichário, pastas, provas, trabalhos. Joguei fora parte das minhas lembranças que já nem eram lembradas. Aliviei minha escrivaninha pra outros tantos papéis que serão jogados fora daqui há seis anos. Me desprendi de algo que não sinto falta. Um tempo meio triste e cinzento da minha vida. Me lembro de chorar muito. Me lembro de ser maltratada no trabalho, de levar muito tempo pra chegar em casa, e de chegar depois da meia noite. Mas lembro também dos amigos, que hoje só restam poucos, bem poucos. Dá pra contar em dois dedos, talvez um. Sim: um dedo. Esse é o retrato do que restou.
Mas teve uns textos que não tive coragem de deixar partir. Falam sobre inteligência artificial. "Podem as máquinas pensar?" Na época essa pergunta mexeu comigo. Hoje me pergunto se pode um ser humano não pensar. Tenho acreditado cada vez mais que sim.
Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
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admiração por tudo o que você faz, e bem. encantamento pelas palavras e músicas traduzidas ao pé do ouvido. amo como nunca. já não há pesar.
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... a metáfora do mergulho (a invenção de uma língua dentro da língua). Não mais o mergulho como busca da palavra justa, bela, precisa (o c...
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