Verde e cinza na janela. Ouço buzinas ao longe. Sobre a mesa, um note chamado Mumu destoa na paisagem bucólica. Talvez fosse um sábado chuvoso numa década qualquer. Eu, aguardando para o casamento de alguém; a roupa já passada sobre a cama. De tarde, depois do almoço. Louça já lavada, ou não. Estaria bem aqui, no centro de São Paulo. Estaria sem saber a imensidão de felicidade que circunda o perímetro do meu prédio. Estaria indiferente por não saber que, anos depois, uma menina chamada Fuda estaria no mesmo espaço-tempo compartilhado, escrevendo sobre a beleza da vida.
Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
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admiração por tudo o que você faz, e bem. encantamento pelas palavras e músicas traduzidas ao pé do ouvido. amo como nunca. já não há pesar.
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