14 de nov. de 2010

gosto da sensação da escassez e da dificuldade. e do que de criativo pode vir. brincava que morava na rua, que tinha um filho e passava necessidade. minha casa era atrás da porta, aberta até tocar o sofá. ficava uma área pequena, o chão frio, uma preocupação tão real. gosto de abrir a geladeira e ver nada. gosto de improvisar refeições que nem se percebe nascerem da falta. gosto também de suprir. no caminho pra casa penso o que fazer com cenoura, batata e cebola. uma sopa. farofa e batata cozida. refogado. arroz a grega. maionese. sempre o mesmo em suas variações. o excesso não faz ver.

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