(recuperado dos rascunhos de 2011, incompleto...)
O filtro São João de que eu tanto gostava o sabor, embolorava e tinha pouca capacidade. Os talheres verdes divertidos oxidaram. A pia antiga já estava gasta e áspera. E mesmo assim tudo era tão perfeito que se bastava. Bastava um amor tão grande que ocupava todo e qualquer espaço de incerteza e imperfeição. Esse vestido já não uso mais. O relógio sem bateria.
Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
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