Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
8 de jan. de 2010
Olhando pela janela do alto do prédio, dava pra ver a água vindo do mar, invadindo toda a cidade em ondas enormes. Quem percebeu foi minha irmã, que entrou gritando dizendo que tínhamos que sair. Mas já não havia tempo. As ruas estavam completamente tomadas. Entramos no quarto e acordamos todos. Ao todo estávamos em seis. Por uma espécie de alçapão tentaríamos escapar e, logo abaixo dele, estava uma enorme baleia à nossa espera. O esquema era: havia duas canoas, onde cabiam, em cada uma, três pessoas deitadas, uma atrás da outra. A baleia nos levaria nas canoas. Perguntaram se eu estava com medo de entrar no alçapão apertadíssimo e com aparente gelo. E eu entrei. E fugimos. Mais tarde, passávamos por um hotel correndo. As pessoas ainda não sabiam do desastre que se aproximava também lá. Eu tentava pegar alguns lanchinhos pra comer na viagem. E continuávamos a correr, fugindo dos funcionários do hotel. A baleia, inclusive. Fim. Freud, missplic!
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