26 de out. de 2007

25/10

Passo o dia esbarrando nos objetos, trombando com as coisas, acumulando manchas e rancor. Já não conheço meus limites.

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26/10

"Alguma coisa mudou. Há uma mancha marrom na seqüência do que eu sou."

O motivo são os episódios de "Tell me you love me" e os gemidos da vizinha. Sonhei com sensualidade e acordei pensando nela. Logo à frente havia uma mulher de cabelos encaralodados loiros, blusa de lã pink, calça jeans e sandália rosa. Acompanhava seus quadris enquanto pensava no quanto não invisto minhas energias para tentar parecer atraente. Um homem vinha na direção contrária, mexeu com a moça e, quando se virou, foi conferir o restante. Fiquei curiosa para saber como ela era, e era feia. Tinha boca de "vocês sabem o quê".

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"Não pode existir tanta subjetividade assim: sonhei que estava tendo um pesadelo."

19 de out. de 2007

Essa é uma postagem-indireta pra "alguém" me dar presentes natalinos (além dos presentes de Natal, é claro)! :)









































8/10

Quem sabe um dia desperte com um beijo já acordado, uma palavra suave e um agrado qualquer?
Inicie o dia de trabalho com uma atenção voltada?
Seja interceptada a rotina da tarde, com uma ligação despretensiosa de amor?

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"Como foi seu dia?"

A conversa com os outros tem tão mais do que "Chatão!". Eu saberia ouvir. Eu tentaria trocar.

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Relatividade. Tudo e nada num curto intervalo. Hora de ouvir as velhas canções.

15 de out. de 2007

Vou deixar crescer, cortar em "v", pra você ver se gosta. Se não, eu troco, mudo tudo, fora e dentro, dentro e fora. Você nunca se decide mesmo...
...E cada verso meu será para te dizer
Que eu sei que vou te amar por toda a minha vida...
Acho bonito casais que compartilham vícios: que fumam juntos, que bebem do mesmo copo de cerveja ou whisky. O vício em si acho ruim, mas admiro a cumplicidade, o pacto implícito no ato. Nós não temos um. Mas você me ensinou a roubar seu copo de Feel Good. Me ensinou que tudo é cumplicidade. Há troca nos olhares, no inaudito. Só a gente sabe o que toca em cada momento...

Seis meses. Que fique instituído: dois pesos por semestre. Serão infindos quando nossos netos visitarem nossa casa.

14 de out. de 2007

Antes e depois!

Ele fala, pede, implora pra eu deixar ele em paz, mas eu nem ligo... no final, sempre dá certo! :)

Ela combina...






... e comigo também!
Para amanhã:

À primeira vista pode parecer pesado, estático, imutável. Mas traz tanta segurança, encantamento, beleza. Também é sensível, frágil, requer cuidado, zelo. Carrega em si mesmo um encontro único e irreproduzível, por intenção e pelo acaso.

De alguma maneira, o peso de papel representa nosso amor. Me faz lembrar a riqueza do que existe entre nós, eterno e, a cada novo olhar, surpreendente.

... não há tempo que desgaste nosso amor.
11/10/2007

Tudo o que é bonito é pra se mostrar. Falta apenas legitimar a beleza.



10/10/2007

Ritualizar o dia, cobrir com papel de parede do mesmo, não pensar. Fechar-se para o novo que descortina a cada olhar. Sobreviver. Quando uma saia estampada muda tudo. Inverte o fluxo de energia.

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No ônibus:
"Os pensamentos são as sombras de nossos sentimentos: sempre mias escuros, vazios e simples."
"Ninguém mais morre devido a verdades fatais hoje em dia; existem antídotos em demasia."
"Qual é o sinal da libertação? Não mais se envergonhar diante de si próprio."

Vez ou outra me envergonho por não pensar enquanto vivo.

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1. Tudo estava combinado: ele acordaria cedo no dia seguinte para tirar a segunda via
2. No dia seguinte, ele estava com sono, e não se levantou
3. Ela ficou nervosa
4. Ela quis mudar o ritmo das coisas e colocou uma saia estampada, que nunca veste
5. Ela percebeu que a bolsa estampada rosa não combinava com a saia estampada laranja
6. Ela pegou a bolsa preta que não usava há semanas
7. Ela chegou no trabalho e foi arrumar a bolsa
8. Ela achou a primeira via, esquecida e solitária
9. Ela pensou que, se deus existisse, poderia estar por trás das coincidências
10. Ela escreveu no blog dele o seguinte:
Silvia Fernanda:
"Deus está nas coincidências."

Se ele existisse, certamente teria arquitetado tudo para nós...

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Finalmente entendi porque muitos grandes, de tão grandes, tornam-se minimalistas. Há muito no não dito. A pena é que sem dizer, ninguém jamais saberá. A grandiosidade morre na mente do criador.

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É fato: mesmo formadas, as pessoas não sabem escrever. Fico especulando e retorcendo, tentando tirar gotas de motivos das histórias de vida. Justificativas que esclareçam como podem, equipadas com as regras do léxico, construir abruptamente um todo com partes que não ornam entre si. Elos fracos nos sentidos. E elas nem se dão conta. Estranho, muito estranho.

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Vim a saber que o traje "Passeio" é uma farsa. A pessoa que inventou isso certamente tinha uma vida tão infeliz, que jamais soube o que é passear sentindo vento no corpo. O que se salva é o "tenue de ville". Ah, isso sim é bonito!!! :)

Traje Passeio - é o antigo tenue de ville. O traje passeio é normalmente indicado para reuniões a luz do dia, e mais informais.

· Na prática significa, para os homens, um blazer com calça social, camisas em cores muito claras ou com listras finas e xadrez bem miúdo, gravatas mais divertidas enfim: é a gravata em sua versão informal.

· Para as mulheres: pantalonas, vestidos ou tailleur, sapatos de salto de médio para alto, bolsas médias (nada de sacolas ou mochilas) e um visual mais bem cuidado.

P.S.: No dia em que eu passear de tailleur com sapato de salto médio para alto, aí terei a certeza que tudo deu errado na minha vida.




09/10/2007

Até que ponto a sinceridade abre portas, e fecha outras? Até que ponto vale a pena fazê-lo?
Por onde eu entro em desespero. Por onde saio da zona de conforto.

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Ele espera todos os dias que meu cabelo cresça. É a espiral da vida. De volta ao início, nunca igual.



08/10/07


Quem já assistiu aquele filme "A viagem de Missoshiro"?

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Estava visitando as postagens antigas da amiga-que-não-conheço Lidimes ( http://www.emeponto.com.br/lidimes/) e de repente me deu uma vontade enorme de voltar a falar das cores e trivialidades de morar onde se ama e de amar onde se mora. Deu vontade de imitar e voltar a tirar fotografias dos pratos, das janelas, das paisagens, da vida.
Ela tem passado rápido, cada vez mais. As pendências se acumulam enquanto vira o mês. Eu vou fugindo, acobertando as coisas pra minha consciência, fingindo que está tudo sob controle e que tudo vai se resolver no final de semana seguinte. Bobagem. No fundo, estou me dando o direito de desfrutar das conquistas.

Não trabalhar tem um efeito poderoso na trajetória de uma vida. Primeiro de liberdade, de merecimento, de possibilidades. Depois de paralisi...