2 de nov. de 2008

Acabei de lavar a louça e estava pensando que, assim que terminasse, escreveria um post. E já comecei mesmo a pensar como seria... E seria algo assim:

"Acordar, arrumar a casa, começar a preparar o almoço, almoçar, arrumar a cozinha, continuar arrumando a casa... tudo isso ocupa um tempo considerável que dura um dia inteiro. Ainda tive tempo de aguar as plantas - coisa que não fazia há muito tempo - e pude até, com um pano úmido, limpar folha a folha uma das minhas plantinhas internas. Entre essas tarefas tão domésticas, vez ou outra parei para estudar um pouco e tentar encontrar um tema interessante para o meu mestrado."

E então eu continuei pensando no post e, de repente, acho que o tema para o mestrado aconteceu. Ou, pelo menos, uma vaga idéia. Então, sentei aqui pra começar a escrever e ver se a idéia amadurecia. O Siger está montando a primeira das duas estantes que compramos ontem no Pegue e Faça. Aliás, estou verdadeiramente feliz por ter encontrado as estantes que eu queria e, o melhor, pelo preço que eu queria. Em três semanas nosso "escritóriozinho" estará devidamente montado e eu terei novamente uma mesa de jantar.

Bom escrever trivialidades. Bom lavar, arrumar, aguar. Bom ter uma vida perfeita agora, nem bucolizada no passado, nem sonhada no futuro.

19 de out. de 2008

16 de out. de 2008

Hoje ao sair do trabalho senti um cheiro incrível. A princípio, penser ser de uma garota que andava pela frente. Mas não. Pensei então ser de alguma árvore por perto. Mas persistiu por ainda muito tempo, e então identifiquei a lembrança da flor de maracujá. Passion Flower.

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Agora para trabalhar preciso da Emma Bovary ao meu lado e minha Gordinha Mensageira pousada sobre o note. Elas me olham e eu as aprecio.

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É mágico o som que passa pela fresta da janela do alto de quatorze andares. Penso se a Heleninha pensará nos mesmos monstros que eu.

13 de out. de 2008

Hoje é um daqueles dias de auto-sabotagem ou perda parcial de auto-controle. Só pela manhã já bati o cotovelo na janela duas vezes enquanto tomava banho, bati a perna na quina da mesa, deixei cair o sorvete, uma unha que eu fiz ontem lascou e outra dobrou ao meio. Essas coisas...
Por outro lado, estou feliz pela tomada de decisão, ou melhor, pelas tomadas. Meu mestrado (estranhamento eu havia escrito "mestranho") começando a tomar forma e, meu trabalho, caminhando pra onde eu acredito, ou, pelo menos, saindo de onde eu não acredito.
Segundas-feiras são sempre promissoras e cheias de tarefas. Não estou com medo. O que não é possível, impossibilitado está! ahah

9 de out. de 2008

7 de out. de 2008

"Piiinky, você vai inventar uma estória?"
"Sim senhori, positoni!"

"Sim senhori, positoni, uma estória vamos inventar. Nós temos uma caixa cheia de estórias, e elas são demais, são demais!!!!"

5 de out. de 2008

por que é tão difícil entre, um andar e outro, numa busca despretenciosa, olhar para algo e dizer: "lembrei de você"?

4 de out. de 2008

Cabelos leves sobre os olhos, cabeça recostada no ombro, "A Matter Of Feeling - Duran Duran", bichinhos entrando pela janela, planos. Marcas deste tempo.

3 de out. de 2008

Meus amores andarão assim:

Vi um gatinho enquanto pensava se valia a pena investir no atual ou guardar para o futuro. Não diferente daquele da Alice, ele parecia dizer: "você terá aquilo que quiser".

24 de set. de 2008

Meu Amor, pra você...


Preciso aprender a ser só

(1965)
Samba-canção

Letra: Paulo Sérgio Valle
Música: Marcos Valle


Ai, se eu te pudesse fazer entender
Sem teu amor eu não posso viver
E sem nós dois o que resta sou eu
Eu assim, tão só!
eu preciso aprender a ser só
Poder dormir sem sentir teu amor
Saber que foi só um sonho e passou.
Ai, o amor,
Quando é demais
Ao findar... leva a paz
Me entreguei sem pensar,
Que a saudade existe, e se vem,
É tão triste ver.
E meus olhos choram a falta dos teus,
Estes teus olhos que foram, tão meus
Por Deus entenda,
Que assim eu não vivo,
Eu morro pensando, no nosso amor.
Vem, meus olhos choram a falta dos teus,
Estes teus olhos que foram, tão meus
Por Deus entenda,
Que assim eu não vivo,
Eu morro pensando, no nosso amor.
Vim trabalhar pensando no poder da forma e da convenção. Por que uma determinada calça jean é apropriada para o ambiente de trabalho e as minhas com boca larga, não? Por que All Star estampado sem cadarço é "estilo" e meu All Star preto tradicional é desleixo? Por quê? É o mesmo material, poxa! E no caso do tênis, a mesma fôrma, tudo igual! Claro que eu sei os porquês, mas não concordo. Não devia ser assim. As pessoas deveriam poder ser elas mesmas e serem aceitas por isso, sem preconceito. Chegar ao trabalho e ter que trocar o tênis pelo sapato de salto alto que estava na bolsa, é triste demais.

21 de set. de 2008

Gosto disso!

Tenho passado por transformações, na maneira de querer e gostar. Até bem pouco tempo, conforto era sinônimo de cores, amontoamento e um "quê" de rústico, de improvisado. Foi quando uma foto aqui mudou tudo. Desde então, tento montar uma casa branquinha e clean, com poucos detalhes, poucos objetos. Na mudança, deixei, exceto minha galinha com pintinhos, todos os objetos de cerâmica que eu tanto gostava e que enfeitavam banheiro e cozinha. Deixei também quadrinhos com flores, tabuleiro de xadrez nordestino e, acima de tudo, a certeza daquilo que me representa. Ontem, conversando com meu amor, eu disse que "das três coisas que me representam, o All Star era uma delas". Fiquei pensando quais seriam as outras duas e não encontrei resposta. Tudo por uma foto, um objetivo, um desejo. Mas sabe? Acho que eu queria mesmo ter a minha casa pequenininha com árvores, muitas árvores ao redor onde eu possa pendurar minha rede e não me importar se a parede está com uma mancha nova ou não. Eu quero mesmo aquela pia com diversos azulejinhos diferentes um ao lado do outro e a mesa de madeira de demolição. Eu quero sofás de patchwork e tapetes coloridos, porque no fundo, acho que é disso mesmo que eu gosto. Eu fico assim, tentando gostar de outras coisas (que não necessariamente é um sacrifício) pra satisfazer a ambos, tentando respeitar mais. É difícil. Às vezes parece que abandonei os sonhos. Mas aí olho pro lado e vejo que sonho mesmo, é estar ao lado da razão única de tudo. E pode ser até nas casinhas de madeira pequeninas que passaram a pouco no Fantástico. Branco e preto ou colorido, não importa. Porque posso ter de tudo nesse caminhar.

7 de set. de 2008

Escrevendo pela primeira vez da Chicrinha. Já rascunhei e apaguei o que estava escrevendo umas cinco vezes. Era sobre a mudança e como tem sido nossa vida. Mas queria mesmo falar que estou feliz por ter encontrado um companheiro pra vida inteira. E que me sinto tão realizada e completa, que não importa onde estejamos. Ele é meu lugar.

26 de ago. de 2008

Aconteceram tantas coisas nesses dias... Já estamos na Chicrinha e é tudo lindo. Cada - literalmente - pequena dificuldade.

http://jaeh.wordpress.com/category/arquitetura/

24 de jul. de 2008

Na agenda do Google estava escrito assim:

Nada para ler aqui. Acesse o Google Notícias se estiver entediado.

Definitivamente, não gosto disso!

23 de jul. de 2008

E eu aaaaaaamoooo ser dona de casa (pelo menos a parte que compete à cozinha, porque de resto, eu não gosto muito não...).
Ontem passei a tarde toda pensando no jantar. Saí mais cedo, passei no mercado e comprei coxão mole, brócolis japonês, broto de feijão e cerveja preta. Já estava tudo esquematizado, mas aí comprei camarão também e acabei fazendo estrogonofe, com direito a champignon e tudo. Nem ficou tão bom, mas fiquei feliz, porque cozinhar pra quem se ama é apaixonante...

22 de jul. de 2008

"Assim como são as pessoas, são as criaturas."

Vizinha apud "sabe-se-lá-quem"
Na novela das oito "A Favorita", tenho achado a atuação da Cláudia Raia e da Patrícia Pilar tão perfeitas que chegam a ser ruins. Explico: num episódio onde as duas se encontravam no Copan, a Pilar foi tão mesquinha, tão picuinhenta, tão, mas tão como todo mundo é mesmo na vida real, que num primeiro momento fiquei me sentindo mal, triste mesmo, porque nunca a tinha visto dessa maneira. Depois eu pensei se isso não era a personagem, e não a atriz (parece óbvio). Mas é que foi tão real e isso tem se repetido tanto nos outros capítulos, que ainda fico na dúvida. Já a Cláudia Raia passou o capítulo de ontem inteiro na praia com o namorado. E ela estava tão apaixonada e entregue, que eu acho mesmo que ela ama dessa maneira. Ela se mostrou tão despida de interpretação que tirou um pouco a imagem de "mulher-toda-poderosa" que eu tinha dela...
Enfim... não sei se ambas estão num nível tão elevado de interpretação que o fazem com a mesma naturalidade dos pobres mortais, ou se na verdade, estão sendo elas mesmas... Eu continuo pensando a respeito!
Da mesma série: "Não faça isso!"...

No final de semana fui fazer o tradicional leite batido com achocolatado, Nescafé e gelo. Quando coloquei o liquidificador sobre a pia e peguei a tomada na mão pra ligar, pensei: "Não está certo ligar na tomada antes de ter colocado tudo dentro do copo!". Pois é: eu pensei, mas liguei mesmo assim. Resultado: a "tampinha da tampa do liquidificador" estava dentro do copo e se espatifou toda. Até eu me recuperar do susto e conseguir chegar perto do liquidificador pra desligá-lo, fez-se uma bela chuva de plastiquinhos e eu, mais uma vez, pensei: "Por que eu nunca me dou ouvidos?".

Pois é!

E é por isso que hoje jogarei na MegaSena! Porque o ser humano tem seus insights e sextos sentidos!
De uns tempos pra cá eu ando desafiando a física e o bom senso. Tive uma fase de fazer coisas ruins na cozinha meio que duvidando que daria errado. E sempre dava, claro. Uma delas foi encher minha carne moída de canela :(
Mas essa fase passou. Voltei a cozinhar como se deve (um pouco melhor, na verdade). Mas acontece que ontem fiz uma coisa que sabia que não daria certo! Estreei a panela de pressão de 4,5l fazendo uma sopinha dos deuses. Aí tirei do fogo e, como não consigo esperar, fiquei tirando a pressão levantando o "pininho" de cima. Quando "achei" que já estava tudo certo, abri a tampa e... ... ela não saiu. Então tive um segundo de iluminação: "Não faça isso!", mas eu fiz: dei um "empurrãozinho" na tampa e ela explodiu!!!!! E todo caldo de carne, óleo, cominho e colorau que eu tinha colocado subiram pelos ares, pia, chão, azulejo... enfim!

Resultado: gastei 1h cozinhando e 30min limpando tudo.

Lição: paciência com a panela de pressão e nunca, mas nunca mesmo, contrarie a física :(


Minutos depois, eu segui a receita da mamãe (que aprendeu com a Ofélia): inclinei a panela sob a torneira de água fria. Dessa vez, deu tudo certo!

18 de jul. de 2008

Estava pesquisando na Internet uma lista de superlativos pra ver se lembrava qual eu gostava mais, e acho que é "crudelíssimo"!

Mas aprendi mais um que não decorei ainda, mas pretendo usar muito: "pigérrimo", de preguiçoso!

16 de jul. de 2008

Será que é normal "alguém" enjoar de trabalhar, assim, do nada? E pior: enjoar de trabalhar com apenas 10 anos de trabalho nas costas?

Não sei se isso é luxo dos tempos modernos (afinal, coitado do meu paizinho se em algum momento ele enjoasse também) ou se sempre foi assim. A questão é que eu não me importaria nem um pouco de ser dona de casa, MESMO!

:(

14 de jul. de 2008

Tem coisas que assim que eu vejo, PRECISO ter.

Essas são algumas, de "um(a) tal de Rosembaum"!




É muito difícil, quase impossível se chegar a algum lugar sem saber que lugar é esse.
Agora eu tenho um destino.
E parece que aos poucos algumas coisas voltam pros eixos. Já é possível ir ao mercado e deixar pra trás. Ler um livro de portas trancadas, assim, sentada em frente à torta de banana no forno. Conquistas, sem dúvida, mas ainda pequenas...

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Não me lembro do superlativo favorito. Aliás, lembrar é algo tão complicado... ontem fui ao museu de Zoologia e li pouco ou quase nada do que havia para ser lido. Saí de lá com pouco mais conhecimento do que já tinha; somente algumas poucas imagens esparsas mapeadas por grandes áreas. Mas o substrato, o que de fato vale, eu não sei, não me interessa, não chama atenção. Talvez de fato não seja o que vale... não pra mim.

11 de jul. de 2008

Poucas coisas me infelizam tanto quanto comprar roupas ou sapato. Ou tentar fazê-los. Fico numa ambigüidade "o que é bonito"x "o que sou eu" que nunca se resolve. Queria poder materializar pensamentos.
Acabei de comprar "Introdução à Lingüística I". É o primeiro livro não "literário" que eu terei o prazer de ler, porque pela primeira vez, eu quero estudar algo verdadeiramente.

No caminho, tirei uma foto de casal na lambreta. Ela, com vestidinho vermelho de bolinhas brancas e sapatinho de pin-up. Linda! O melhor, é que tinha o meu rosto, desde que eu parasse pra olhar.

8 de jul. de 2008

palavrinhas novas:

wakame: alguinha pra colocar no missoshiro
nori: alguinha de enrolar sushi
Yanagui: arroz certo, igual ao da sogra! (o que será que significa?)

aliás, ontem fiz meu primeiro missoshiro de verdade: água, missô, hondashi e wakame. tinha bifum também, mas isso não conta!
Agora que tenho uma chaleira me sinto mais como aquelas grandes senhoras que ferviam dificultosamente a água nos fornos à lenha. Me sinto mais dona da minha casa com essas coisas triviais e gosto disso.
A outra chaleira, menor e de porcelana, está sempre com chá verde já preparado, ao lado dos dois copos virados para baixo, sobre um pano limpo.
E eu aproveitei e arrumei uma caixinha de madeira onde organizei meus temperos, em vidros e potinhos diferentes, sem descrição alguma.
Eu gosto disso. Eu gosto de ter e ser casa.

12 de jun. de 2008

ir sempre contra, no sentido do que se acredita, uma hora cansa. nem é tanta crença, é agrado. cuidado. só se cansa quando frustra a expectativa. como não esperar?
o gostoso do chocolate é o que vai dentro. o bonito do tecido são as estampas. O colorido da vida é o amor. o motor da alma é a inquietude.

homogêneo cinza.
- boa noite.
- boa noite.
as coisas que já foram e já não são mudaram em momentos específicos, que podem ter acontecido de uma vez ou terem sido dissolvidos ao longo do tempo. quase sempre não se nota o processo, só o resultado, normalmente já tarde...
eu sinto um desses momentos. ele está bem aqui.

18 de mai. de 2008

Não sei mesmo se as coisas têm razão de ser. Penso que são combinações dentre as infinitas, que podem ser assim, ora interpretadas neste ou naquele momento, e se fazerem perceber como "tinha que ser" ou "nada acontece por acaso".
Acredito no acaso. Ou seriam todas histórias fantásticas. O que quer que pudesse arquitetar tudo isso, seria de uma habilidade e destreza que não me permito nominar. É fantástico demais.

2 de mai. de 2008

Digamos que minha mente não me pertence, que sou invadido e atacado por pensamentos estranhos e sórdidos. Como resultado, sinto desdém por mim mesmo e duvido de minha integridade. Embora cuide de minha esposa e dos meus filhos, não os amo! Na verdade, ressinto-me por me aprisionarem. Falta-me coragem: a coragem de mudar minha vida ou de continuar vivendo-a.

(...)

Imagina meus aforismos em ordem alfabética num compêndio de homílias para a vida e o trabalho diários.

Quando Nietzsche chorou, Irvin D. Yalon

29 de abr. de 2008

"Veja bem, Josef, para cada mulher bonita por aí, existe um pobre coitado que está cansado de fodê-la!"

Quando Nietzsche chorou, Irvin D. Yalon


E culpamos os pobre coitados...

27 de abr. de 2008

Já disse diversas vezes, mas é que não tem como não se comover! São as noites cujas tardes foram quentes. É aquele cheiro de que eu sempre falo. E ninguém nunca sente...
É a resposta da vida. O verdadeiro sentido.
Tem uma hora em que o corte de cabelo já se foi, as unhas estão por fazer, as roupas já não são novas, a sobrancelha perde a definição. E dá uma vontade tão grande de participar de um desses programas que transformam qualquer gata borralheira em princesa! E é tão difícil valorizar o que se-tem-de-melhor-para-ser-valorizado! E é tão fácil prender o cabelo num coque, cortar as unhas na carne e fingir que usar uma hering branca é estilo...
My Blueberry Afternoons [2008]


As coisas, por pequenas que sejam, têm sua história e sua dor. E pra não ficar assim, tão melancólico, diz-se também que têm sua alegria, sua razão. Cada coisa, no seu canto solitário ou em conjunto, leva seu tempo e seu pesar, e acho mesmo que tudo no Copinho assiste de camarote ao espetáculo que acontece aqui todos os dias.
Talvez tenhamos mesmo perdido a noção da hora, dos compromissos, das responsabilidades.
Talvez tenhamos de fato, definido nossas prioridades, nossos valores.

Ou talvez estejamos mais uma vez e ainda completamente entregues.



P.S.: E como é bom poder cuidar de você...

19 de abr. de 2008

15 de abr. de 2008

Ficamos juntos, e isso é o que importa. Se estamos ocupados, é porque lutamos por algo maior, um lugar para nós e para os nossos pequenos. Um lugar além do que já temos um no outro.

Eu te amo, Meu Amor.

14 de abr. de 2008

Eu comprei. Estava lá, na lojinha, longe da vitrine e da exposição direta. Era peça para poucos, guardada a sete chaves, para o momento certo, para a pessoa certa. Levei pra casa e nem quis saber se tinha tempo legal para possível devolução. Nem me importei do valor altíssimo, porque era peça rara. Se vai quase um ano. E mesmo que às vezes fique um pouco de lado, como aquele brinquedo de que se enjoa com o tempo, tem a certeza que está lá, pronto para o abraço, pra dormir junto e levar pros lugares, senão ao lado, no coração.
Eu comprei. É meu!
Me decepcionei um pouco com a falta de sentimento do lugar, talvez por seu tudo liso, de Art Déco, nos mármores e nas ausências de curvas. Mesmo as estátuas pareciam caladas, e os corredores simétrico-angulados não chegavam a mediar.
Que não se esqueçam os espelhos triplos com entúlios, nem os tamanduás-bandeiras (filhotes).

8 de abr. de 2008

A sociedade do consumo é uma porcaria. Mas faz um bem ficar imaginando tudo o que se poderia ter... Não que eu precise, mas como eu gostaria de ter blusinhas Zara com estampas-feitas-pra-fuda ou então casacos pesadíssimos pra Heleninha herdar... é assim. Num minuto nem se sabe, no seguinte, não se pode viver sem.

7 de abr. de 2008

Ando pensando no que vou escrever na despedida, que já tem data pra acontecer. Penso em dizer como era e como sou. Penso em mandar mensagens diferenciadas para diferentes grupos e pessoas. Penso uma série de coisas e penso até em não mandar nada. Uma sensação de derrota e de dever cumprido alternam vez e outra. Acho mesmo que a vida é isso, em resumo. Perdas, decepções, e conquistas, internas em si próprio e nos outros, os que de fato fizeram parte. Já sinto falta e ao mesmo tempo, não vejo a hora de começar de novo.
Imagine que você tenha a certeza de que, não importa o que faça, ela estará lá, apoiando, dizendo que tudo dará certo. Ela estará lá, pronta para um abraço que pode durar a noite toda; pronta para dizer tudo o que sempre quis ouvir. Pronta para compartilhar toda uma vida, sem segredos, sem receios, toda entrega. Minha pessoa. Meu amor.

2 de abr. de 2008

Terminei a monografia, a custo e sacrifício, mas nem tanto. Doeu mais mesmo dispor o tempo que podia ser dele.

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Comprei humus de minhoca, terra vegetal, pratinho, vasinho e tupperware pra guardar as misturas. Ah, e argila expandida também. Agora vai! Falta só comprar a plantinha!

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Fechando um ciclo. Ansiosa pra começar o próximo.
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"Eu sou um vampirinho, eu sou um vampirinho, eu sou um vampirinho!!!!!!" (sem Ctrl+C, Ctrl+V)

23 de mar. de 2008

=) (siger) + * (beijo) + (: (fuda) =

=*:

Obs.: :):):):):):):)
Bruna e seus óculos novos
Ovo com Lindinha
Pizza de calabreza requentada
Amor
Pequenos escritos, monografia
Amor
Sopinha
Balancinho da Moranguinho, 00:00
Música pra mim
Ele escrevendo misterioso sobre a páscoa
Eu suspirando de amor

Eu serei um ombro para você chorar
Eu serei um suicida do amor
Eu serei melhor quando ficar mais velho
Eu serei o maior fã de sua vida




















19 de mar. de 2008

Lembro quando da espera. Sempre à espera, cada minuto passado. Lembro da ansiedade e do sufoco. Lembro da chegada e da disposição. E sempre à disposição. Lembro a pouco. Procuro esquecer.

"... estava tudo em cima, céu de brigadeiro sobre nós"
"Sorte de hoje: Seu destino mudou completamente hoje"

Cada dia muda um pouco mais. A cada novo detalhe inserido na caixinha de lamentações.
Um comentário pode mudar tudo.

amo

17 de mar. de 2008

11 de mar. de 2008

Bolsas de bolinha estão na moda. Sapatilhas também.
E vestidos com calça (isso quase passando).
E bolsas-pratas-ou-douradas-gigantes.
E estampas horrorosas e coloridas.

Que chegue logo o inverno. E que fiquem as bolinhas!
Não sei se antes eu condenava isso, mas agora acho extremamente importante encorajar as pessoas e ressaltar seus pontos positivos em detrimento dos negativos. Assim, por exemplo, não importa que eu tenha escrito só um capítulo da monografia: ela disse que o que faltava eram só "finalizações". Não importa que eu tenha transcrito metade do livro do Jung: ela disse que eu compreendi os conceitos na essência. Não importa que a maioria das pessoas escreva mal: ela disse que eu escrevo muito bem.
E isso me deu ânimo novo pra eu fazer "pequenas finalizações" que vão levar quatro vezes o tempo que eu levei pra escrever o que tenho até agora. Ela me deu esperança. E isso, é a coisa mais importante da vida.

7 de mar. de 2008

quem eu sou pra você?


































Ele escreveu assim:

"Olhos nos olhos, pouca distância, muita conversa, sinceridade, compatibilidade de pensamentos, sonhos e ideais."

No espaço de um sorriso, a menos de um metro...

4 de mar. de 2008

Desci do ônibus com ares de elevação. Pisei a calçada, olhei o vento e fiz a sombra. Andei na câmera lenta, com o movimento suave embalado pela canção.

Esse Brilho Em Teu Olhar
(Leo Jaime)

Eu te procuro quando me sinto em perigo
Quando cai um raio e soa um trovão
Eu te procuro quando alegria eu sinto
Só você traduz a sensação

Contigo eu me esparramo, não tem engano, não, nem erro não
Nem ilusão nessa canção

Essa canção quer você todo tempo que eu perdi
Todo lance que rolar
Cada momento e em qualquer lugar
Ou enquanto acender [eu canto existir] esse brilho em teu olhar
Há filmes e filmes, e eu no geral não gosto deles. Gosto só quando já começaram e qualquer desarranjo da lógica natural das coisas, ou a falta de lógica nas ficções inimagináveis são o suficiente pra que eu desista, assim, sem nenhum peso na consciência por não ver até o final. Mas têm aqueles que fazem a diferença. Têm os que dizem as verdades universais sem discursos, que mostram o tamanho das coisas com partículas. "The blueberry nights" foi para a lista dos três mais (talvez quatro) e a grande sacada pra mim foi: se você está perdido, então é melhor ficar no mesmo lugar, para que alguém o encontre novamente. Ainda que isso nem sempre aconteça. Ainda que a pessoa possa também se perder.Não sei se concordo, na verdade, acho que discordo plenamente, mas é um pensamento tão lindamente infeliz...
Te vejo no outro lado da rua.

25 de fev. de 2008

Assisti novamente O Diabo veste Prada. E esse tipo de atrevimento quase não acontece na vida real. Porque na hora "h", na hora de decidir ir ou ficar, aceitar ou se rebelar, falar ou engolir, a gente esquece dos finais felizes dos filmes.
E tem coisa melhor do que ter um canto pra cuidar (claro que tem...)? E se nesse canto tiver assim, uma pessoinha pra vida inteira?
Chego em casa sempre com vontade de arrumar, às vezes porque precisa mesmo (a tal pessoinha não é lá tão organizada), e às vezes porque ele pede. O Copinho é cheio de caprichos e já faz um tempão que me fez uma listinha de reparos, acertos e mimos. E nessas horas eu penso que seria fácil-fácil ser dona de casa para limpar, cozer e coser, mas tudo com o carinho que só quem é eternamente apaixonada sabe como é.

22 de fev. de 2008

Ontem tive a prova concreta (aos outros, porque eu já sabia) de que as obras arquitetônicas têm alma. Andando pelo centro (com todas as conotações que isso pode ter), "ele" me seduziu, me chamou pra dentro. E foi inacreditável mesmo vendo somente o corredor de acesso aos elevadores. O cara da recepção não me deixou entrar pra ver, mas só de estar ali, embaixo dos lustres enormes e em frente a um monumento de espelhos e madeira, já foi mágico... Foi então que li na parede: "Martinelli" - o prédio mais fantástico da cidade que, vendo minha distração pela rua São Bento, me chamou pra dentro, mudou minha vida ali, naquele instante... Saindo, atravessei a rua, olhei pra cima e chorei, humilde diante da sua grandeza e perfeição. Carregada de história e magia.

E como explicar em palavras? Todas as lágrimas, sorrisos, todas as declarações de amor e despedidas, medos e anseios, tudo o que foi vivido ali e que está encravado nas paredes e mobília, envoltos pelo esquecimento cotidiano, ocultos aos olhos comuns... Mas eu sinto como força, que na aproximação vibra junto até alcançar o equilíbrio perfeito. Parte de um só.

Foi isso o que eu vi (no denotativo, claro):

















www.memoriabravobrasil.com.br/SaoPaulo.htm
http://picasaweb.google.com/tcornetti

21 de fev. de 2008

Por que será que quando tenho algo no caminho, atrapalhando um muito, eu não tiro logo e continuo sendo só feliz? Pode ser chata a retirada (ou chato tirar) mas resolve...

Quero pedrinhas a menos!

19 de fev. de 2008

Recentemente dois cheiros me fizeram chorar de imediato:

- latinha de Vick Vaporub que levamos pra viagem e que, assim que eu abri, me fez lembrar da que eu tinha quando era criança (mas eu chamava de viquivapupini)
- tipo um "anko-moti ao contrário", um docinho japonês feito de arroz com doce de azuki por fora

Eu insisto: tenho a melhor memória olfativa do mundo.
São trinta minutos para acordar e sair de casa. Neste meio tempo, entre encontrar uma roupa que não caia enquanto ando, passar a mão nos cabelos e pensar em algo pra comer, tem o mais importante que é o beijo de "até logo", dito em silêncio (nem sempre) com um encostar de rosto delicado e lacrimoso.
Hoje deu tempo ainda de olhar através e "por meio de". Até é incrível morar no altíssimo, mas morar por entre, como se fosse na casa da árvore, é ainda mais mágico, pela simplicidade.
Este é o canto para os agradecimentos, para os obrigadas e para a alegria de viver ao lado.

18 de fev. de 2008

Esse é o dele: http://picasaweb.google.com.br/runtem/Atacama

Considerações...

- esmaltes vermelhos lascam mais rápido
- cabeleireiros não têm noção do que significa "não cortar muito"
- gatos são os animais mais traiçoeiros
- eu preciso de uma chaleira e de um bule

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Ultimamente tenho selecionado muito os ônibus e sempre pego, de longe, o mais cheio deles.

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"Não adianta fungar. Não tenho medo de fungos!"

15 de fev. de 2008

Gosto de ter escrito isso. É das mais verdadeiras.

Do fluido das percepções, alguns vez ou outra sentem os respingos.
Eu tenho corpo e mente imersos.
Quando uma lembrança jamais vivida de sacada de prédio alto faz sorrir a alma triste.
13/02/2007
Estou me aventurando por coisas desconhecidas e achando tudo o máximo.

PicLens. Esse eu recomendo: https://addons.mozilla.org/en-US/firefox/addon/5579

Está tudo lá: http://picasaweb.google.com.br/silvia.fecorrea/Atacama
Podia ter tirado do congelador, aberto a caixa, tirado os plásticos, repousado sobre o recipiente e levado ao fogo. Abafado com tampa, espera e vira. Repete. Está no prato.
Além disso separei, piquei um outro, juntei um molho, outro ainda, mais outro. Fritei e coloquei por cima. Mais uma fatia. Depois esquenta. Enfeita o prato. Tira o elemento-surpresa pra complementar, arruma tudo. Serve. É meu jeito de dizer que te amo. É minha maneira de cuidar de você.

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E coloca pasta. E separa sobre a cômoda a roupa que não usa.
Um imenso na escuridão. Sem paredes ou apoios. Sem objetos quaisquer. Céu intocável, chão frio e áspero. Nada em lugar algum, nem horizonte nem infinito. Só um cansaço mórbido e a vontade incontrolável de repousar no conforto dos teus braços. Adormeço em lágrimas.
Não é querer inverter o sexo, é pelo zelo...

Uma lista de coisas que eu faria, entre enfeitá-la de flores e levar agrados da rua. Eu a surpreenderia. Minha garota...

14 de fev. de 2008

I N C R Í V E L ! ! ! !

Janzinha falou desta música hoje e eu acho que orna colocá-la aqui.


Eu hoje joguei tanta coisa fora
E lendo os teus bilhetes
Eu penso no que fiz
Cartas e fotografias
Gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim

Infindavelmente, melhor.
As palavras brotam na boca e no teclado rápido, antes mesmo de serem pensadas ou significadas. Pesquisei o significado de etéreo: adj. Da natureza do éter: substância etérea. / Que tem o cheiro de éter. / Fig. Que tem algo de delicado, de aéreo, de muito puro: criatura etérea.

Etéreo deveria ser verde, porque tem três "es", mas eu vejo azul, talvez pela influência de "aéreo". As cores se misturam ao significado, o que em parte é ruim, porque invalida minha teoria das cores. Isso significa que em cada língua, independente das letras e números, a mesma coisa terá a mesma cor, porque se associa à coisa em si, e não ao seu grafema... De qualquer maneira, "etéreo" é uma palavra bonita, verde ou azul. E amor é vermelho, não tem jeito, porque "a" é vermelho e "o" é marrom. Então fica assim, um bordô forte, com degradê mais escuro nas pontas, em formato de coração simbólico. E felicidade é toda colorida, porque tem verde, azul e vermelho.
Fico pensando nas coisas que são eternas (queria ter escrito etéreas). Uso pela segunda vez uma blusa de viscolycra e a costura já está arrebentada, algumas partes começam a juntar bolinhas e há marcas visíveis do pregador de roupa dando um ar, como se diz, "luminoso" à minha roupa. Isso significa que Heleninha definitivamente não vai brincar de ser gente grande com esta blusa. Isso significa também que a filha da Heleninha não vai herdar esta blusa. E significa mais: que a neta da Heleninha não vai conseguir um troquinho com esta blusa num brechó do futuro. É triste, porque as coisas que perpassam pelo tempo levam consigo tudo: as cores, as pessoas, os cheiros, os acontecimentos, os sofridos e os sonhados. São assim a mobília. São assim os cristais e as construções. E deve ser tão surpreendente e melancólico ver sentar-se sobre você tantas pessoas, que envelhecem enquanto você envelhece calado, a observar as relações humanas e a brevidade da vida.

13 de fev. de 2008

De uns tempos pra cá o assunto quase sempre repete. Tão particular e tão explícito, porque desde então não há o que não seja esse viver. E é tanto querer bem, tanto encantamento, tanta entrega e aposta que o segundo plano fica sendo tudo, como se nada mais importasse.

12 de fev. de 2008

Tantas coisas pra falar da viagem, tantas imagens, reflexões posteriores - agora com tempo, fotos e recortes. Acho que o melhor de ir é voltar, ver de fora pra dentro, desviciar o olhar pra vida e pros momentos; é quando cada pequena coisa volta a ter valor, ou tem pela primeira vez.


O percurso do Copinho até o Senac é tão rápido que não dá pra ler nem três páginas do livro, mas andar com caderno de anotações faz toda a diferença (essa adversativa não parece ter lógica, mas é no sentido de usar bem o tempo).

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Odiar alguma coisa pode ser sinal de fuga. Detesto tudo o que me é inatingível. Ou que penso ser. Logo é?

"Consegue, inclusive, provar que vale a pena fazer algum sacrifício por amor ao estilo". (Jung, Tipos Psicológicos, sobre o tipo Sensação Extrovertido)

11 de fev. de 2008

Foi bom chegar em casa e ver que ela estava ali, tal qual a deixei, sem poeiras do deserto, nem água salgada. Que tinha plantas e que elas me esperaram da melhor maneira que conseguiram. Foi bom olhar para a geladeira e, principalmente, para nossa cama. Foi bom olhar pela janela e ver minha árvore ali, nos dando as boas-vindas.

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Mudei meu manjericão de lugar. Espalhei alguns vaporizadores pela casa. Preparei uma comidinha gostosa pra lembrar da nossa viagem. Jantamos à luz de velas. Teve declaração e agradecimento.
Não importa o cenário... nunca importará.

Tantas coisas se revelam quando muda o foco. Voltando hoje à rotina percebi uma série de mudanças... o "novo shopping Matarazzo" está muito mais imponente e ganhou traços modernosos na fachada. Tem uma casa sendo reformada e outra ao lado sendo vendida. Mais adiante, há uma entrada de comércio com um detalhe lindo em vidro, que eu nunca tinha visto. A cidade perdeu um pouco de vermelho. A bolsa que eu carrego é de couro e tem detalhes dourados. Minha mesa agora tem formigas (e é claro que elas não escalaram os quatro andares, eu as trouxe até aqui...). Cheguei e peguei voluntariamente uma caneca de água, para matar a sede mesmo...

De resto muita saudade para matar, muita coisa pra colocar em ordem. Abri rapidamente meu Outlook e me lembrei de projetos que já nem existiam mais na minha memória. Hoje o ano começa efetivamente. Hoje tudo começou pra melhor.

1 de fev. de 2008

Eu sei a hora certa de te fazer pedidos. Sei quando está nervoso e quando é melhor ficar em silêncio. Sei pegar nos seus pontos fracos. Sei seus horários, analógicos e vitais. Sei como te fazer acordar e dormir. Sei o que quer dizer quando dá as costas. Sei o que quer provocar quando se mexe na cama. Sei o que vai fazer quando leva as panelas e os pratos pra cozinha. Ou quando te perco nos corredores do supermercado. Eu sei seu mapa. Eu sei seu tempo. Eu sei que ele corre rápido, e é por isso que eu tenho pressa de você.
Árvore verde de primavera, mesmo no verão. Ao fundo prédio cinza, imensidão. Pouco espaço, janelas de fundo à vigia. A velhinha sobe dificultosamente as escadas. Ruas das mais sensitivas de São Paulo. Cheiro no ar. "Aquele". Poderia ser um 11 de Novembro. Tinha cor de. Tinha confusão de tristeza e felicidade. Mas na rua, era certo: melancolia.
Que lama!
Fuda no Atacama!
Atacando a lhama!
(da Tatá)














E chega de "ama". Todos ao meu amor!


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12/02/2008

Haha!!!! E não é que eu "quase" ataquei as lhamas mesmo? Eram duas: Macarena e Rick Martin! Tá aí a prova:



Não trabalhar tem um efeito poderoso na trajetória de uma vida. Primeiro de liberdade, de merecimento, de possibilidades. Depois de paralisi...