29 de mar. de 2006

Eu sou o tiradentes...

Tatá diz:
Entre todas as pessoas
que transitam meu caminho
tem sempre uma ou outra
por quem tenho mais carinho.

A que encabeça a lista
É uma verdadeira artista.
E sempre a todos conquista.
Vou te dar uma só pista:

Para ela sou Tatuda.
Acertou quem disse Fuda.

Tatá diz:
tudo junto.
Tatá diz:
pra ficar mais fácil no control c, control v.
Silvia diz:
até nisso você é fofa!
Tatá diz:
é control c, control v.
Tatá diz:
é o mesmo que:
Silvia diz:
sim senhorina!
Tatá diz:
são dois pra lá, dois pra cá.
Silvia diz:
já entendi tatuda
Tatá diz:
a mesma melodia.
Silvia diz:
tá bom otacília
Silvia diz:
deu corda, aguenta
Tatá diz:
é que eu queria entender...
Tatá diz:
aí fico repetindo.
Tatá diz:
assim é que aprendo, gata
Silvia diz:
TÁ TÁ TÁ TA
Tatá diz:
quando eu escrevo, eu gravo.
Tatá diz:
e vc?
Silvia diz:
vai se ferrar
Tatá diz:
como vc aprende?
Tatá diz:
aproveito e estudo o cev.
Tatá diz:
hehehheheheheh
Silvia diz:
octacília da pazs
Silvia diz:
páre já de gracinha
Tatá diz:
paxz
Silvia diz:
desisto!
Silvia diz:
Silvia 0 X 1 Otacília
Tatá diz:
tem gente que não sabe brincar.
Tatá diz:
já desistiu?
Silvia diz:
é... imagino que essa gente seja eu
Tatá diz:
preciso de inspiração.
Tatá diz:
inspira, expira.
Tatá diz:
inspira, expira.
Tatá diz:
só sai o expira, menina.
Tatá diz:
tá foda.
Silvia diz:
você está insuportável hoje, caríssima... mas te amo mesmo assim...
Tatá diz:
olha a etimologia, né?
Tatá diz:
expirar também é morrer, acabar...
Silvia diz:
é, octacília
Silvia diz:
não é, tatuda?
Tatá diz:
é de dentro pra fora.
Silvia diz:
sim caríssima
Tatá diz:
inspirar é de fora pra dentro.
Silvia diz:
Silvia 0 X 2 Otacília
Tatá diz:
é igual importar e exportar.
Silvia diz:
você está msnrrágica
Tatá diz:
tudo faz tanto sentido...
Tatá diz:
parei.
Silvia diz:
isso será publicado, na íntegra
Tatá diz:
não.
Tatá diz:
só bobagem.
Tatá diz:
menos os versinhos que são feios, mas são sinceros e seus.
Silvia diz:
essa bobagem mostrará às pessoas seu verdadeiro eu-poético
Tatá diz:
jura?
Silvia diz:
jurado
Tatá diz:
eu falo muita merda?
Tatá diz:
to preocupada.
Silvia diz:
claro que não ostrinha... quando abre a boca, só saem pérolas
Tatá diz:
sabe o que eu adoro?
Silvia diz:
o que?
Tatá diz:
te aporrinhar...
Tatá diz:
heheehhehe
Tatá diz:
ver que vc está trabalhando e te atrapalhar.
Silvia diz:
pensei que viria algo concreto
Silvia diz:
ahahah
Tatá diz:
trabalhar = atrapalhar.
Silvia diz:
sua chatona!!!!!!!!!
Silvia diz:
eu adoro quando faz isso...
Tatá diz:
rimas mil no nosso Brasil.
Silvia diz:
faz com que eu me torne uma pessoa melhor, porque tenho que treinar minha amabilidade e paciência!
Tatá diz:
ah, puxa.
Tatá diz:
a silvinha é o tiradentes.
Tatá diz:
não coloca a íntegra, vai?
Tatá diz:
senão fica feio pra mim.
Silvia diz:
tá bom... vai ter uma certa limpagem
Tatá diz:
as pessoas precisam saber que eu sou equilibrada.
Silvia diz:
essa sua preocupação já mostra seu desequilíbrio
Tatá diz:
vc é esperta, guria.
Silvia diz:
a experiência me fez sábia
Silvia diz:
e modesta
Tatá diz:
e essa sua modestia que, a meu ver, te faz perfeita.


Essa é a Tatuda... só agüento porque ela realmente faz de mim uma pessoa melhor

E mais uma vez o materializou meus pensamentos...

Essa é a minha versão-fofa da mesinha retrátil que quero ter no meu apartamento... se ela for ficar na sala, será mais ou menos assim, mas se ficar na cozinha, quero que, no lugar do mundo Teletubies com coelhinhos rosa tenha uma jardineira com muitos temperinhos plantados e felizes!

Muuito fofo!!!!!

28 de mar. de 2006

Estou passando mal, de uma maldade psíquico-corpórea que mistura, numa única sensação, asfixia e incômodo. Não sei distinguir qual pertence ao corpo, qual à alma. Parece que sou uma só, e pensando agora, o diferente disso pressupõe uma crença, que eu nego, mas não ignoro.


E de repente, por tudo ser tão novo, pelas velhas vontades serem aos poucos saciadas, por ouvir Ideologia no Prédio Velho e por invejar aqueles que a podem viver em sua intensidade; pela miopia da vida aos poucos corrigida, "lentificada", por isso e mais um pouco, nasce um fio de algo mais, que não chega a ser esperança, mas já é algo, e nem isso existia há bem pouco.
Mais um dia, na verdade, menos um.


____________

E nesse algo mais está ignorar o endocrinologista, retomar Crime e Castigo e emagrecer continuamente. E mais coisas...

16 de mar. de 2006

Sessão ovelhinha ou coruja de mim mesma!
Participação especial da Adrianinha e efeitos humorísticos da Tatuda!


15 de mar. de 2006

Os absurdos da vida moderna

Ontem recebi um documento sobre minha Assistência Funeral, explicando tim-tim por tim-tim os serviços que são cobertos caso eu saia dessa pra uma melhor... E olha só:


Há alguma exclusão referente ao Benefício Assistência Funeral?
Sim, conforme descrito abaixo:
- Inundação, furacão, erupção vulcânica, tempestade, terremotos, movimentos sísmicos;
- Ocorrências de irradiação decorrentes de transmutação nuclear, desintegração ou radioatividade, bem como casos de força maior;
- Ocorrências em situações de guerra, comoções sociais, atos de terrorismo e sabotagem,greves e quaisquer outras perturbações de ordem pública ou ainda restrições por parte das autoridades no livre trânsito;
- Suicídio do Funcionário Segurado;


Ou seja: não posso mais morrer nem por motivos de "Força Maior", senão meus pobres pais, ficarão ainda mais pobres...

Que droga, viu!!! Já estava tudo planejado!

13 de mar. de 2006

Cheguei às 5:40, 19ºC. Só consegui entrar no ônibus às 6:05. Nesse meio tempo, fui bombardeada por deliciosas e cristalinas fumaças de cigarro de pessoas que não têm o menor respeito ao próximo. Sim, porque simplesmente ligam o "FODAM-SE" e começam a fumar onde quer que estejam. Importante perceber o "M": elas não ligam o "FODA-SE", como quem diz: "Tudo bem, fumar não é legal, mas eu não ligo". NÃO!!!!!! Elas ligam o "FODAMMMMMMM-SE", como quem diz: "Que se DANE que aqui ao meu redor tem um monte de gente que não gosta de cigarro, como aquela linda menininha fofa, com sua sainha laranja, sua camisa branquinha e cheirando a roupinha lavada pela mamãe, mais seu delicado perfume de pitanga, e seus escuros cabelos cheirando a camomila... eu quero que todo mundo, inclusive ela, se DANE MESMO, e fique o dia todo fedendo a cigarro como eu!!!!!" .

Isso me revolta! Com todo respeito não tão sincero assim aos fumantes, acho simplesmente um absurdo eu, que estou num lugar público (que subentende-se, seja de todos), tenha que me submeter a essas pessoas totalmente sem-noção. Porque se todo mundo resolvesse fazer o que bem entende, o mundo acabava! Se todo mundo resolvesse fazer o que desse na telha, a espécie humana entraria em extinção. Eu, se pudesse fazer o que estava com vontade, teria dado um chute na boca do cidadão fumante, o trancaria numa sala e injetaria nesta uma fumaça cancerígena qualquer, só pra ele ver como as pessoas se sentem quando o gostosão resolve se drogar em pleno ponto de ônibus!
Fiquei indignada, e termina aqui a sessão descarrego desta manhã...


Bom, mas tirando isso...

Hoje um indigente veio me pedir dinheiro (isso foi antes de eu ficar p. com os cigarros alheios). Normalmente, digo que não, mas dessa vez não deu... Ele chegou tão discreto, mal me olhava nos olhos, como se não quisesse me ofender com sua triste situação... Devia ter sido tão bonito, tão doce... Lhe dei todo o dinheiro pequeno que tinha, apenas quinze centavos, e isso me pareceu uma ofensa... Quando ele se foi, pensei que poderia ter dado um "Bom dia", junto com meu sorriso, mas não dei... Fiquei também pensando, que ele não era gente, era INDIgente. Se não era gente, o que era então?

Já que comecei de trás pro começo...

A primeira coisa que me ocorreu quando acordei às 4:20 foi pensar que as pessoas não têm opção. Elas estão a mercê do sistema, dos seus trabalhos, dos ônibus lotados, da pobreza, da luta constante, sem escolha. O homem e sua terrrível condição humana... como somos mesquinhos, como só pensamos em nós mesmos, como ainda somos animais, ainda mais que estes, que não são nem de longe individualistas como nós...
Por que? Até quando?

...

Quando cheguei no Senac minha plantinha predileta, a "Verdita", estava praticamente morta. Na sexta, quando saí daqui, ela estava linda, uma "mini-florestinha"... e hoje, acabou-se... Num dia, viva, no outro, morta.

Morte... a morte em vida.

10 de mar. de 2006

Escrito em 24/08/05, às 10h15min, sábado.
Aguardando o início da aula de música

Estou cansada e, a mesmo tempo, tenho feito pouco. Não tenho motivação para o trabalho, nem boas perspectivas, ou mesmo más, simplesmente não as tenho. Aos poucos o pessoal vai se normalizando, embora isso de fato nunca aconteça. Pelo menos, consigo estar em paz, ainda que com inseguranças, algumas dúvidas, inquietações.
O futuro quase nunca é como havíamos planejado, é como se algo tivesse parado no meio do caminho, e se recusasse a funcionar perfeitamente.
O tempo para uma única pessoa não é cíclico, e caminha sempre para o fim, não sei se próximo ou distante. E para onde? Como será? Qual o significado disso e de tudo mais? Dúvidas, dúvidas.

Onde está nesse momento, a música da minha vida? Quais os acordes dessa canção? Em que timbre soa? Não a ouço, nem para o bem, nem para o mal. Talvez por isso, não acompanhe seu ritmo, por ora, muito lento.

10/03/06, às 08h19min
E algumas coisas nunca mudam...

9 de mar. de 2006

A alguém que sabe ler no olhar
Sentir por traz do sorriso falso

Alguém que um dia teve convicções,
e as perdeu

Alguém que tenta reconstrui-las
Fortes, eternas

Alguém que soube aprender,
que luta para não esquecer

Alguém que faz a diferença
Que é único
Que é lindo
Que é quem é

A você, meu grande amigo,
Toda a felicidade que merece,
E todo o perdão, pelos erros que venha cometer.


Érico,
Alguém que não se esquece
Nem mesmo no longo período que pode durar um dia.
Ontem no ônibus, reencontrei um amigo do terceiro colegial. Um amigo que não era amigo, era colega de classe. Um amigo com quem eu mal falava, de quem eu falava mal às vezes. Alguém que em nada interferiu na minha vida. Alguém que eu não admirava. Alguém comum. Um mais alguém, preenchimento de espaço.

Mas ontem, com o mesmo rosto, com outra voz, outra vida, me pareceu amigo de infância, porque não importa o papel que as pessoas tenham tido na minha vida, depois, quando já não fazem parte, são todas muito importantes, ganham o status de "Personagens de um tempo feliz", mesmo que não tenham sido. Se tornam pelo fato de já não serem, mesmo que agora queira.

Nostalgia, saudosismo. Lembrar velhas fórmulas, velhas histórias, velhas pessoas, hoje já tão velhas como eu, ou ele. Saber que tiveram filhos, se casaram, se mudaram, se viveram, assim como nós.

Será que todos eles, ao se encontrarem ou lembrarem de mim, têm a mesma impressão? Será que pensam que talvez foi bobeira se deixar levar pelos grupinhos, pelas panelas, pelas primeiras impressões, pelos mal entendidos, pelos pequenos desentendimentos da adolescência? Será que não teria valido a pena ser feliz com todos, por igual?

Será que hoje isso tudo ainda não vale?! Por que só damos valor às pessoas quando as perdemos? E ainda: por que será que muitas vezes só dou valor às pessoas quando as reencontro, ainda que nunca as tenha tido?!

Eu não sei. Mas gostei de revê-lo. Gostei de, novamente, ser quem eu era. Eu gostava de ser quem era, e já não sou mais. Mais ontem fui, e posso ser quantas vezes quiser.


É tão mágico... essa pessoa, conheceu alguém que hoje, poucas pessoas conhecem. As meninas do Senac, o Tanga, o Ricardo, o Walens, meus pais, minha irmã, minha família. Ninguém me conheceu como ele. Assim como hoje, tantos já não me conhecem. Porque desempenhamos tantos diferentes papéis, num mesmo tempo, num mesmo segundo. Agora sou Silvia. Se atender ao telefone, posso ser Fernanda. E se escrever no msn, posso ser Fuda, e no e-mail, Fefa.

Já fui tantas... quem serão eles hoje?

8 de mar. de 2006

Autonomia

"... autonomia significa ser capaz de considerar os fatores relevantes para decidir qual deve ser o melhor caminho da ação, agir da melhor forma para todos. Não pode haver moralidade quando alguém considera somente o seu ponto de vista. Se também considerarmos o ponto de vista das outras pessoas, veremos que não somos livres para mentir, quebrar promessas ou agir irrefletidamente." (Kamii C. A criança e o número)


Vou pensar melhor na relação de autonomia e moralidade. Isso não está muito claro para mim. Embora pareça tão simples, acho que é a chave de tudo...

P.S.: Lendo um texto sobre Piaget para o curso a distância "Certificação em Educação Virtual". Quando a gente acha que nada de diferente pode acontecer numa manhã... ...

6 de mar. de 2006

Meu caderninho novo!

Graças ao
não só minhas aulas como minha vida será agora mais feliz, porque pequenos detalhes fazem toda a diferença, e hoje ele me deu um detalhe enorme, pra alegrar meus próximos dois anos na árdua batalha de aprender.

Obrigada Fê!!!!!!!!




Cheguei ao centro cedo. O grande relógio marcava 5:58, 23ºC, sobre a Ipiranga, sob discretas gotas de chuva. O prédio do Banespa ainda estava iluminado, e a escuro da noite pouco a pouco foi tomado pelo amanhecer preguiçoso de mais uma segunda-feira.

Dois momentos ***: o nascer do dia, e o pôr-do-sol. Ainda que entre gigantes, ainda que não se veja o sol. Momento único em que o dia dá um "click" surdo, e se transforma.
Eu me orgulho de, entre tantas, ser uma das poucas a ouvir esse click e parar, onde quer que esteja, olhar ao redor e receber o dia, dentro de mim.

** não consigo encontrar um adjetivo que represente o que quero dizer, então vou deixar vazio por enquanto. Antes vazio do que com uma qualidade inexpressiva.

5 de mar. de 2006

Dia 06 de março

Preciso de uma rotina desrotinizada. Alguma coisa tola qualquer que pinte de outras cores os azulejos da cozinha, que me permita dormir depois das 22h, e que me faça ver algo novo todos os dias de manhã.

(...)

Uma nova oportunidade descortina amanhã. Dia 06, mais um passo, dois, mas de corpos distintos, e ainda que distantes, nunca tão próximos.
A família Corrêa

O jeitinho para tudo, as improvisações, dar aos objetos outra função diferente daquela para a qual foram projetados. Esse não-senso-estético, ou senso anti-estético. Essa feiura, essa pobreza, isso me faz muito mal.
Essa impaciência, esse não poder esperar, essa ignorância. Isso me faz muito mal.
Esse jeito imponente de dirigir, essa postura de ser o detentor único da razão automobilística. O medo e a raiva que me faz passar. Isso me faz MUITO mal demais.
Impaciência e intolerância.
Nervosismo e mais uma vez, impaciência.
Nesse ninho me criei, e herdei esses traços que, infelizmente, hoje passo à diante.
Como me mata essa convivência.

3 de mar. de 2006

Sobre os mistérios do amor ou Como dizer "tenho certeza" sem ter

É difícil precisar se algo será ou não definitivo.
Mas o que é pior:
a) negar a água a uma muda, dia após dia, ou
b) tirar-lhe a raiz?
O pior, é regá-la semana sim, semana não.

E o mais estranho, é agir de forma "a" ou "b" por se acreditar que, de qualquer forma, ela não sobreviveria.



Não trabalhar tem um efeito poderoso na trajetória de uma vida. Primeiro de liberdade, de merecimento, de possibilidades. Depois de paralisi...