28 de set. de 2006

Rap do elefantinho

O elefantinho não é mera coincidência
Ele é muito forte e cheio de resistência
Tem uma cordinha pendurada que lhe dá todo o charme
E lombinho de lantejoula que eu espero que agrade.

Foi comprado com carinho pra presentear minha amiguinha
Que apesar de muito alegre está ficando mais velhinha
Seus sonhos e metas eu espero que alcance
E para ajudá-la a conquistá-los, tô com ela nesses lance!

[Refrão:]
tô com ela nesses lance!
tô com ela nesses lance!


É isso aí, manô!
Feliz aniversário Tatuda!!!!!


Depois de passar pelo dia seguinte muito bem, obrigada, acho que voltei a ter algumas recaídas. O telefonema do XXXXX me gelou a espinha, nosso acordo então, quase me fez cometer suicídio, mas tudo bem, estamos aí.

Ontem recebi um e-mail da PUC. Eles aceitaram minha proposta para pagar a dívida. Fiquei feliz, porque finalmente vou me livrar disso, apesar de ficar mais pobre, e fiquei um pouco triste também, porque acho que eles teriam aceitado também se eu tivesse me oferecido pra pagar só 50 e não 60%, mas, novamente, tudo bem, vamos levando...

Voltei da minha orientação cheia de livros emprestados, elogios e esperanças. Passar pela guarita daquele prédio é entrar num mundo de conto de fadas, onde tudo é só felicidade e amor ao próximo. Quando volto pra trabalhar aqui, é como se eu estivesse novamente reinventando programas que convertem documento de textos em tabelas Access. É de novo tudo uma chatiação. Mas... ... não tem problema! O que importa é que ainda há chuveiros ultra-quentes de manhã, e caminha ortopédica no final do dia. Esses momentos já compensam alguns outros...

26 de set. de 2006

De modo algum eu quero dizer que ganhar mais dinheiro compensaria o sofrimento, mas quando eu penso que, ALÉM DE TUDO, eu ganho mil e seiscentos reais brutos (que no final, viram mil e duzentos), isso me deixa muito, muito infeliz, porque o reconhecimento dos amigos não compensa tantas outras faltas. Isso não realiza meus sonhos. Eu ainda acredito, ou pelo menos acreditava até uns três dias atrás, que tudo vale a pena, que é possível reverter o inevitável. Só que a cada dia, tudo parece mais distante, meus problemas, meus anseios, meus ideais, não importam pra quem deveria.

Assim como os dignos, eu quero ter uma família, quero vestir uma roupa de melhor qualidade, quero poder ter um azeite extra-virgem na minha salada. Porque pode até ser bonitinho usar uma sandália da Sandy que custa R$ 23,00, mas eu queria ter condições de usar uma Melissa, de R$ 100,00. Pode até ser uma questão de princípios ter um celular básico, que só faz e recebe chamadas, mas eu queria ter condições de comprar um que tira foto. Porque eu acho bacana encontrar promoções de saias no centro de Guarulhos por R$ 5,60, mas eu queria poder comprar outras mais bacanas.
Claro que tudo isso parece muito capitalista, mesquinho. Claro que eu não trabalho nem vivo por dinheiro. Claro um monte de coisas que todo mundo que me conhece sabe, mas há uma questão maior. Há minha auto-estima. Há minha dignidade. Há meus finais de semana sendo consumidos por freelas que eu faço pra tentar juntar um dinheiro a mais. Há meu descanso merecido por acordar tão cedo, e morar tão longe. Há muito. E ninguém se importa, pelo menos, não quem poderia mudar isso.

P.S.: Sim, eu posso virar o jogo, procurar outra coisa. Mas não é isso que está em jogo. Está em jogo a falta de reconhecimento, e isso dói.
Sobre a matemática das relações

O mundo é uma imensa análise combinatória, com infinitas possibilidades existentes. Só que na prática, não dá pra combinar todos com todos, mas alguns com alguns. Não há, sequer, a possibilidade de experimentar as diferentes combinações.
É uma lei da aceitação, ou da sorte, dependendo do lado.





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Se voltássemos a ganhar bons brinquedos, os aniversários voltariam a ter graça.

21 de set. de 2006

"Cor de rosa? É um vermelho, sabe? Mas muito devagar.

Esta resposta de um menino de cinco anos (...) caracteriza definitiva e maravilhosamente a criança: sensível e afetiva, ela é mil e um potenciais em desenvolvimento e isso quer dizer que ela está em movimento permanente e que este vir-a-ser contínuo manifesta-se naturalmente abrangendo todas as partes do seu ser.

[Não sei quem é o autor...]

Mas sei que faz parte de um texto que estou lendo pra pós, sobre primeira, segunda e terceira infância.

A explicação para a cor rosa também não é minha, mas poderia ter sido, porque é assim que estou me sentindo: maravilhosamente sensível e afetiva. Eu estou feliz. Eu vejo se descortinar um mundo de possibilidades. Eu vejo que voltei a viver. Quero recuperar antigas e sempre presentes (mas adormecidas) convicções. Eu quero melhorar o mundo, e nada melhor do que ajudar ao próximo, só pra começar.


É difícil abrir mão de tantas coisas, tantas experiências, mas a cada dia eu tenho menos medo, porque sinto que chegou o momento de mostrar a que eu vim


Eu estou feliz!


E hoje eu deixei um "bom dia" e uma flor. É só uma semente, que eu quero voltar a regar. A partir de agora, só coisas boas dentro de mim.



P.S.: Ontem vi num livro de símbolos, que a violeta é o símbolo da humildade.

15 de set. de 2006

Minha Fitônia ou Verdita

Todos os dias, quando chego no Senac e vou cuidar das minhas plantinhas, abro um sorriso especial ao entrar na sala onde fica minha predileta. Dou um sorriso comovido, cheio de lágrimas, e me aproximo numa expectativa de que ela esteja melhor, que sinta os meus cuidados e responda voltando a ser como antes. Já coloquei bastante água, pouca água, deixei na sombra, no sol, coloquei mais terra, e nada. A cada dia ela diminui um pouquinho, mas meu amor e carinho continuam os mesmos.

11 de set. de 2006

Estou feliz! Estou feliz!

Quero comemorar um desses momentos tão raros na minha vida, esses momentos tão efêmeros, antes que eles passem!

Só tenho uma coisa a dizer: obrigada pela cara limpa! Isso hoje me fez bem. É muito, muito mais fácil quando a gente pode ser a gente mesmo...
Meu novo objeto de desejo...

... é a nova sandalinha da Sandy! Hoje mesmo remendei com superbonder, pela décima vez, minha sandália da Sandy preta, de bico fino, a mais chique que eu tenho. Já estava triste, porque ela já atingiu o posto de "inusável".

Eis que, chegando em casa, eu vejo que a súper Sandy de pernas grossas lançou uma colação nova! Isso me deixou verdadeiramente feliz.
Penso que quando essas coisinhas sem importância perderem de fato a importância na minha vida, ou é porque eu cresci, ou é porque minha vida perdeu o encanto.

A todos que lêem esse blog eu desejo uma ótima semana!!!!!!!

Dias ensolarados (embora eu prefira os nublados) me dão vontade de compartilhar uma felicidade nascida das coisas mais simples, e por isso quero dizer que amo vocês! Sei que é meio filosófico demais isso, mas de verdade, não sei se estarei aqui amanhã, e não sei se os terei sempre comigo, por isso quero que saibam da importância que têm na minha vida, cada um a sua maneira.

É isso.
É chegada a hora de voltar à superfície, voltar a ter pés humanos, bem fixos no chão. É hora de tirar os óculos, a máscara, ver e respirar a realidade do lado de fora, tal como ela é. É hora de mudar a pele. É hora de deixar a vida suave e silenciosa e enfrentar tudo novamente. Mas já não somos os mesmos de quando mergulhamos. Estamos enriquecidos, estamos mais inteiros, estamos renovados. Ou não?
Há pérolas também na superfície. Cacemo-las!

Bom retorno, meu querido Sr. Escafandro!

10 de set. de 2006

Acabei de ouvir no Fantástico que Newton, quando tinha minha idade, 24 anos, descobriu coisas formidáveis, que mudaram para sempre o modo de compreender as leis físicas do mundo.
Isso me faz repensar uma coisa que sempre me intrigou: será que hoje as pessoas não são tão inteligentes como eram antes?
Bom, a mim parece óbvio que não se trata disso, afinal, descobrimos coisas novas a todo momento, e mesmo na antigüidade, apenas poucos eram “gênios”.
Mas uma questão que me chamou a atenção foi que, segundo um estudioso, Newton tinha um temperamento terrível, não sabia aceitar críticas, era solitário.
Eu particularmente, valorizo muito mais um bom coração do que uma mente brilhante. Acredito que os gênios são como todas as outras pessoas, como eu ou qualquer outra. O que os diferencia é uma combinação única de estímulos, fatos e compreensões de mundo que os moldam dessa maneira. Acho que se nos dedicarmos a algo com amor, com todas as forças, conseguiremos nos igualar a essas pessoas que têm esse “dom nato”. É uma questão de querer. Mas temos preguiça de pensar...
Teoricamente, ser uma pessoa humilde, digna e de caráter também é muito simples e ainda não envolve esforço, persistência ou dedicação. No entanto, é tão difícil de encontrar quanto um geniozinho perdido entre nós.

Penso que hoje em dia Newton teria muita dificuldade para conseguir emprego, e se conseguisse, seria difícil mantê-lo, porque sim, é importante ter inteligência, mas é fundamental saber se relacionar. É essencial saber trocar, dar e receber, criticar, mas também ouvir.
A ciência do relacionamento é a que forma verdadeiramente as melhores pessoas, aquelas que, independente dos títulos ou dos livros que leram, sabem, no dia-a-dia, mostrarem-se íntegros. É essa cientista que eu quero ser.

Sobre as inconstâncias

Se fossem outros tempos, nesse horário, 6h26, seria como trombetas anunciando um fim certo. Não mais, não hoje, ao menos. Olhando pela janela, do alto desse tão pequeno e imenso primeiro andar, posso imaginar as diversas cenas que acontecem paralelas em tantos outros pontos. Imagino um prédio com um bar no térreo, acendendo as luzes enquanto passa uma senhora levando seu cachorro pra passear. Imagino um cemitério, com a luz do sol esvaindo. Imagino muitas coisas. Coisas que ainda quero ver, quero sentir, quero registrar na memória efetiva, e não somente na memória imaginária.

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Tem certas coisas que mal passam e já deixam saudade. Tem certas pessoas que também. Esse mal passar pode ser só um instante, ou dias e anos afins.
Ando com saudade.

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Estou vivendo dias em que é impossível concluir um pensamento, postar algo com início, meio e fim, algo que tenha um objetivo certo, algo que fale com clareza sobre fatos ou pessoas. Desde a viagem ao Rio é como se ainda estivesse em órbita, como uma poeira leve e fina demais, se demorando no ar, até finalmente pousar. É assim que me sinto: vagando, sem jamais pousar. De repente, não há mais rotina, não há mais um porto, não há mais um consolo. Tudo está tão comum e distorcido, que não consigo me encontrar, não consigo me ver inserida novamente. É como um personagem de um livro qualquer, que sai para brincar e quando volta, vê que seu livro foi levado para muito longe e ele tem de continuar sem seu mundo, sem ninguém, em busca de uma outra história para viver.

8 de set. de 2006

Quando o invisível

se faz ver nas cores
se faz ouvir no ânimo
se faz sentir nos encantos
pelos cantos

É inútil não ver.

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Ando multiplamente dividida:
Entre a EaD e a escola real
Entre o abandono e a esperança
Entre a pobreza material e a riqueza interior
Entre os que valem, e os que não sabem valer.

Muitas dúvidas, muitas decepções, descobertas, mas muitas alegrias também. Pequenos tesouros que são descobertos logo ali, na baia ao lado, e também longe, perto do mar. Compensações, equilíbrios. Resignios.

6 de set. de 2006

Bom estar de volta. Bom rever os amigos e perceber que continuam seus, não importa por qual mundo se tenha andado.

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Ora desprezível, ora importante.
Ora o quê mesmo? Ora somente e tanto.

Para ver o Rio de Janeiro, é preciso em dois planos
O primeiro, que pode ser São Paulo ou qualquer outra (mas jamais será)
E o segundo, que é o Rio em si.
É preciso olhar por entre, olhar além
Porque ele se revela no caminho entre o agora e o através
E embora seja este último o que é dito
É o primeiro o que me encontra.

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Em dois dias muito mal aproveitados em Copacabana, presa num congresso internacional, aprendi que:

- Os cariocas falam mesmo de um jeito ridículo e forçado, mas isso pra eles é completamente normal.
- Um paulista não deve, em hipótese alguma, tentar atravessar a rua fora da faixa de pedestre.
- Os pombos cariocas são muito mais ousados do que os paulistas.
- Carioca come ovo frito no meio da pizza.
- As ruas da cidade são rings a céu aberto.
- Mais da metade das pessoas é estrangeira.
- Pode-se encontrar ex-alunos no elevador do Hotel.
- A energia elétrica só funciona à base de chave enfiada na parede.
- Melancia é watermelon.
- Eu posso usar o assento da poltrona do avião para flutuar.
- Em cima do céu é sempre sol.
- As atrizes de TV são pessoas normais do lado de fora. Ex.: Suzi Rego e Carolina Ferraz.
- Para tirar foto de castelos de areia, é preciso deixar R$ 2,00.
- Os cachorros usam roupinha de frio quando o termômetro marca 17ºC.
- O perfume de uma única mulher elegante pode perfumar para sempre um prédio inteiro.

- O idioma inglês tá dominando.

Augusto´s Copacabana Hotel
Rua Bolivar, nº 119 Copacabana

1 de set. de 2006

Essas palavras são só lágrimas de ressentimento, que eu preciso chorar pra não explodir, pra que não saiam por aí frases rancorosas e olhos vermelhos a se esconder.

Só 24 anos e a crença já desfalecida de que haverá ainda pelo caminho, mãos estendidas a oferecer água fresca, pra aliviar meu cansaço e recompensar minha caminhada.

É só por algumas (poucas) pessoas que ainda há sorriso e boas maneiras. Porque se não existe um julgamento, um juiz e uma sentença, e também se não existe justiça, por que eu ainda me anulo e aceito a vida que as pessoas dão pra mim?

Não trabalhar tem um efeito poderoso na trajetória de uma vida. Primeiro de liberdade, de merecimento, de possibilidades. Depois de paralisi...