Eu comprei. Estava lá, na lojinha, longe da vitrine e da exposição direta. Era peça para poucos, guardada a sete chaves, para o momento certo, para a pessoa certa. Levei pra casa e nem quis saber se tinha tempo legal para possível devolução. Nem me importei do valor altíssimo, porque era peça rara. Se vai quase um ano. E mesmo que às vezes fique um pouco de lado, como aquele brinquedo de que se enjoa com o tempo, tem a certeza que está lá, pronto para o abraço, pra dormir junto e levar pros lugares, senão ao lado, no coração.
Eu comprei. É meu!
Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
14 de abr. de 2008
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