21 de set. de 2008

Tenho passado por transformações, na maneira de querer e gostar. Até bem pouco tempo, conforto era sinônimo de cores, amontoamento e um "quê" de rústico, de improvisado. Foi quando uma foto aqui mudou tudo. Desde então, tento montar uma casa branquinha e clean, com poucos detalhes, poucos objetos. Na mudança, deixei, exceto minha galinha com pintinhos, todos os objetos de cerâmica que eu tanto gostava e que enfeitavam banheiro e cozinha. Deixei também quadrinhos com flores, tabuleiro de xadrez nordestino e, acima de tudo, a certeza daquilo que me representa. Ontem, conversando com meu amor, eu disse que "das três coisas que me representam, o All Star era uma delas". Fiquei pensando quais seriam as outras duas e não encontrei resposta. Tudo por uma foto, um objetivo, um desejo. Mas sabe? Acho que eu queria mesmo ter a minha casa pequenininha com árvores, muitas árvores ao redor onde eu possa pendurar minha rede e não me importar se a parede está com uma mancha nova ou não. Eu quero mesmo aquela pia com diversos azulejinhos diferentes um ao lado do outro e a mesa de madeira de demolição. Eu quero sofás de patchwork e tapetes coloridos, porque no fundo, acho que é disso mesmo que eu gosto. Eu fico assim, tentando gostar de outras coisas (que não necessariamente é um sacrifício) pra satisfazer a ambos, tentando respeitar mais. É difícil. Às vezes parece que abandonei os sonhos. Mas aí olho pro lado e vejo que sonho mesmo, é estar ao lado da razão única de tudo. E pode ser até nas casinhas de madeira pequeninas que passaram a pouco no Fantástico. Branco e preto ou colorido, não importa. Porque posso ter de tudo nesse caminhar.

Um comentário:

Jan disse...

ô silvinha. você é linda demais.
que texto mais singelo...

Não trabalhar tem um efeito poderoso na trajetória de uma vida. Primeiro de liberdade, de merecimento, de possibilidades. Depois de paralisi...