5 de jun. de 2011

Cedo já no tanque, aproveitar o sol. Feijão escolhido, já de molho direto pra panela. Pano na casa, nos móveis que só fazem enegrecer. Cata tudo pela casa, estende a roupa. Põe branca de molho, prende o botão. Apaga o fogo. Estende a roupa, sai pra feira. Volta calada. Na mão. Peso cheio. Os calos nas mãos e na vida. Bate e volta. Endureceu. Essa não sou eu. Só meus calos são.

Um comentário:

Sr. Escafandro disse...

É bonito!

Você imagina que isso acompanha o ser humano desde o início?
De certa forma isso vai além dos calos.

Não trabalhar tem um efeito poderoso na trajetória de uma vida. Primeiro de liberdade, de merecimento, de possibilidades. Depois de paralisi...