eu gosto de ter canetas e lápis e papéis e fitas de cetim e tecido, e botões e rendas.
eu gosto de ter xícaras e canecas e panelinhas cada coisa em seu lugar.
eu gosto de ter livros muitos divididos, classificados e cada coisa em seu lugar.
eu gosto de fazer nada e pensar tudo em seus lugares, tecido pronto para envolver o vidro sobre o livro em seu lugar.
Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
24 de dez. de 2013
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Um comentário:
pareces aqui um dos senhores de Gonçalo M. Tavares.
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