12 de abr. de 2006

A imagem no espelho já é diferente.
As marcas se fazem ver,
o cansaço é nítido,
os olhos já não dizem tanto.

Numa hora tão bela,
noutra tão infeliz.
Tão miseravelmente perdida,

sozinha e infeliz.

E nem os ovinhos de páscoa
ou os risos no trabalho
Hão de encobrir por muito tempo
A máscara de triste agora fixa.

E a esperança da vida revelada,
às limpas
É mais que um desejo.
É uma necessidade, sofrida.


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