10 de set. de 2006

Acabei de ouvir no Fantástico que Newton, quando tinha minha idade, 24 anos, descobriu coisas formidáveis, que mudaram para sempre o modo de compreender as leis físicas do mundo.
Isso me faz repensar uma coisa que sempre me intrigou: será que hoje as pessoas não são tão inteligentes como eram antes?
Bom, a mim parece óbvio que não se trata disso, afinal, descobrimos coisas novas a todo momento, e mesmo na antigüidade, apenas poucos eram “gênios”.
Mas uma questão que me chamou a atenção foi que, segundo um estudioso, Newton tinha um temperamento terrível, não sabia aceitar críticas, era solitário.
Eu particularmente, valorizo muito mais um bom coração do que uma mente brilhante. Acredito que os gênios são como todas as outras pessoas, como eu ou qualquer outra. O que os diferencia é uma combinação única de estímulos, fatos e compreensões de mundo que os moldam dessa maneira. Acho que se nos dedicarmos a algo com amor, com todas as forças, conseguiremos nos igualar a essas pessoas que têm esse “dom nato”. É uma questão de querer. Mas temos preguiça de pensar...
Teoricamente, ser uma pessoa humilde, digna e de caráter também é muito simples e ainda não envolve esforço, persistência ou dedicação. No entanto, é tão difícil de encontrar quanto um geniozinho perdido entre nós.

Penso que hoje em dia Newton teria muita dificuldade para conseguir emprego, e se conseguisse, seria difícil mantê-lo, porque sim, é importante ter inteligência, mas é fundamental saber se relacionar. É essencial saber trocar, dar e receber, criticar, mas também ouvir.
A ciência do relacionamento é a que forma verdadeiramente as melhores pessoas, aquelas que, independente dos títulos ou dos livros que leram, sabem, no dia-a-dia, mostrarem-se íntegros. É essa cientista que eu quero ser.

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