4 de mai. de 2007

Phebo

Criado pelos portugueses Mário Santiago e por seu primo Antonio como um sabonete transparente, escuro, à base de glicerina, para concorrer com o inglês Pear’s Soap, de grande aceitação na época. Chegaram a uma mistura que envolvia óleo de pau-rosa, da Amazônia, e mais 145 essências, incluindo sândalo, cravo-da-índia e canela de Madagascar. Deram-lhe o nome de Phebo, o mesmo do Deus do Sol da mitologia grega, que irradia calor e energia. De Portugal, o produto viajava para o Rio e São Paulo e custava cinco vezes mais caro que os outros sabonetes vendidos no Brasil, o que dificultava as vendas. Só deslanchou mesmo quando a antiga loja de departamento Mappin encomendou várias dúzias do produto. A partir daí, a Perfumaria Phebo teve grande sucesso, com variações como colônia e desodorante e, além do tradicional Odor de Rosas, lançaram outras fragrâncias, como Patchouly, Naturelle e Amazonian. Tudo com a mesma base do original. Em 1988, a Phebo foi vendida para o grupo internacional Procter & Gamble e, em 1998, para a Sara Lee Household & Bodycare do Brasil. Atualmente, os sabonetes Phebo são produzidos em Belém do Pará, pela Casa Granado, para a atual proprietária da marca, que mantém o produto, tipografia e embalagem praticamente inalterados.

(retirado de http://www.mofolandia.com.br/mofolandia_nova/cosmeticos_banho.htm)

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Eu nem precisava saber que o primeiro sabonete que eu comprei pro Copinho tem a mesma constituição que tinha nos anos 30. Todas as memórias estão lá, contidas, a desgastar a cada dia, e a perpetuar na história. Guardei a embalagem, quero colocar na parede. Certas coisas são inexplicáveis, e são pra vida toda. Mais que isso, são pra várias vidas.

Um comentário:

David Galasse disse...

putz, meu pai usava isso! eu sempre associo a "Sebo".

Não trabalhar tem um efeito poderoso na trajetória de uma vida. Primeiro de liberdade, de merecimento, de possibilidades. Depois de paralisi...