Houve um tempo em que, na contramão da normalidade, torcia pelas segundas-feiras. Contava os minutos arrastados dos sábados e domingos, pra voltar a reviver com o início de mais uma semana.
Passou, como passam ilusões, algumas delas.
Empurro agora o tempo, tento ajudar, insistir. Já não há sentido onde antes havia. Tudo se perdeu, e volta em conversas poucas sobre uma solução tecnológica qualquer.
É a história do olhar o copo meio cheio ou meio vazio. Jogar fora o tempo, ou aproveitar o que ainda resta?
Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
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