me reflito em flores, fortes, grandes, flores fortes não porque grandes, mas porque intensas, com um quê de esmaecido, um quê de esquecido, um quê de deixado pra trás.
me reflito não em preto, meu conforto, mas em formas. flores enformadas pra se darem ao tempo, ao deleite, ao desatento.
me reflito como quem se pinta, vejo o que quero ver. uma tristeza tão bonita, não tão jovem ainda, mas tantos erros a cometer.
me reflito na pena, do esperar. De novo o mesmo esperar? Por que ainda espera? E por quem?
Reflito.
Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
16 de jul. de 2011
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