Tinha um cãozinho morto, duro, com as duas patinhas da frente amputadas, só os toquinhos. Eu peguei o cachorro com uma mão só, e o arrastei por um tempo. Os toquinhos das patas, no contato com o chão, faziam o barulho de papel de alumínio sendo arranhado na parede. Joguei o cachorro num canto, no chão. De repente percebi um movimento. Olhei nos seus olhos. Ele estava vivo! Estava totalmente imóvel, exceto por seus olhos que se mexiam pra mim, como se a vida estivesse presa àquele corpo mutilado. Fiquei um tempo com ele, fazendo carinho, meio receosa que ele pudesse me morder. Imaginei que pudesse sentir dor.
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Ando vendo fotos estranhas no Orkut. Gente muito estranha. Até que ponto chega o exibicionismo...
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Lendo os blogs do David e da Ligia me dá uma inveja tão boa... A resposta para algumas perguntas internas.
Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
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Não trabalhar tem um efeito poderoso na trajetória de uma vida. Primeiro de liberdade, de merecimento, de possibilidades. Depois de paralisi...
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E foi que depois de tempos de tempestade combinaram, ela e o vento, que não haveria sequer brisa em seu jardim. Selaram pacto. Houve orvalho...
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o gostoso do chocolate é o que vai dentro. o bonito do tecido são as estampas. O colorido da vida é o amor. o motor da alma é a inquietude. ...
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Invisto tanto tempo em simplesmente olhar. Admiro cada objeto em seu devido lugar. Ajusto milímetros, ângulos, afasto. Agora está bem. As t...
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