10 de jul. de 2006

Sei que parecem idiotas as rotas que eu faço...

Roxo, violeta, lilás...
Qual o nome da cor surgida?
A cor do céu da cidade mais linda
Do dia que vi amanhecer?

Eu olhei o céu
No momento exato em que a criança
Lavou o seu pincel
No potinho de água do dia

Hoje amanheceu um dia escuro, europiano.
O céu carregado, de tom único, visto antes somente nas aulas de educação artística: cores primárias, cores secundárias.

Neste exato momento, o céu tinge tudo a seu abaixo. Tinge as pessoas, toda a raça, da cor cinza-azulada de seus pesares. É mágico o dia.

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Não sei o que é mais insano: o homem marginalizado, faminto, sujo, doente, gritando em frente ao Habib´s 24h da Ipiranga, ou a funcionária do Habib´s discutindo com ele: "O Sr. é bicha, não gosta de mulher não!!!!". Pior ainda, foi uma outra funcionária subir no segundo andar do prédio e, literalmente, jogar um balde de água fria no sujeito, que agora, além de homem marginalizado, faminto, sujo e doente, também será um homem molhado. Recebeu uma pré-lavagem antes da chuva que se seguiria, afinal, ele não terá mesmo onde se abrigar dela.
Se ao menos lhe entregasse o balde de água nas mãos e um Gessy... Mas quantos de nós fariam isso?
"Ela vai morrer! Ela vai morrer!" Foi tudo o que disse quando foi embora.

Sim, ela vai morrer, todos nós. E o que levamos dessa vida? Nada. Então, por que não sermos melhores pessoas enquanto há tempo? Por que não suavizarmos a existência própria, e do próximo?

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Pela primeira vez reparei que o relógio da Igreja da Consolação fica iluminado quando está escuro. Uma beleza! E ele marcava 6h17min!

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Uma frase solta: "Me obrigue a morrer, mas não me peça pra matar." H.G.

2 comentários:

Tatá disse...

quanta informação...
quanta beleza...
sempre singela...
linda!

David Galasse disse...

alô alô câmbio:::você tem um novo e fiel leitor! beijocas!

Não trabalhar tem um efeito poderoso na trajetória de uma vida. Primeiro de liberdade, de merecimento, de possibilidades. Depois de paralisi...