22 de ago. de 2006

Pra pensar no tempo...

Hoje passei um perfume antigo: 10 anos atrás eu ganhava de dia dos namorados o cheiro a Glauce. E até hoje, é o cheiro dela que eu sinto, quando chegava na minha casa para irmos à escola. Minha grande amiga, que adquiriu o título de "melhor" já há 12 anos, desde que tínhamos 12 anos. Metade da minha vida já, e ano que vem, mais que isso.

Ainda sobre o tempo, a estranheza de ouvir alguém dizer seus 29, 30 anos e achar demais, como se eu estivesse muito longe disso, e já está aí.

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Refiz meu currículo. Uma (me recuso a escrever "um") dó de tirar coisas já sem importância, porque pra mim se fazem importantes. Uma angústia sim, de tirar as coisas. As coisas são eu, são o que eu sou, o que me fizeram, tudo é tão fundamental, tão , tão, e ainda faltam tantas, faltam os brinquedos, os dias no parque, com os primos, na escola, os professores, os livros, os perfumes, tudo faz sentido e não pode ser deixado de lado. Mas isso não importa. O que vale são os nomes. O que vale são os títulos. O que vale, mais uma vez, é o que se mostra, e fica pra trás tantas outras, mais importantes...

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O Sr. Escafandro, em uma viagem longa ao fundo do mar, se perdeu. Algum elo que o liga à superfície está se esvaindo. Eu quero salvá-lo, eu preciso...

Um comentário:

David Galasse disse...

isso de tirar coisas do currículo...uau, é um feng shui empresarial!

Não trabalhar tem um efeito poderoso na trajetória de uma vida. Primeiro de liberdade, de merecimento, de possibilidades. Depois de paralisi...