O cheiro de mendigo do ônibus não só entrou pelas narinas como também passeou por todo meu corpo até sair novamente por cada poro. Ele permanece. Está em toda parte.
Queria dar um banho de água e cidadania. Com colônia e educação.
Mas não posso sozinha. Posso somente me incomodar com o que exala somente da superfície, e também, como tantos, ignorar o mal cheiro que está dentro, que não se resolve com água e sabão.
- Fernanda, essa sua blusa está suja?
- Tá mãe, hoje no ônibus tinha um mendigo.
Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
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