23 de out. de 2006

O cheiro de mendigo do ônibus não só entrou pelas narinas como também passeou por todo meu corpo até sair novamente por cada poro. Ele permanece. Está em toda parte.
Queria dar um banho de água e cidadania. Com colônia e educação.
Mas não posso sozinha. Posso somente me incomodar com o que exala somente da superfície, e também, como tantos, ignorar o mal cheiro que está dentro, que não se resolve com água e sabão.

- Fernanda, essa sua blusa está suja?
- Tá mãe, hoje no ônibus tinha um mendigo.

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