São trinta minutos para acordar e sair de casa. Neste meio tempo, entre encontrar uma roupa que não caia enquanto ando, passar a mão nos cabelos e pensar em algo pra comer, tem o mais importante que é o beijo de "até logo", dito em silêncio (nem sempre) com um encostar de rosto delicado e lacrimoso.
Hoje deu tempo ainda de olhar através e "por meio de". Até é incrível morar no altíssimo, mas morar por entre, como se fosse na casa da árvore, é ainda mais mágico, pela simplicidade.
Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
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