Agora que tenho uma chaleira me sinto mais como aquelas grandes senhoras que ferviam dificultosamente a água nos fornos à lenha. Me sinto mais dona da minha casa com essas coisas triviais e gosto disso.
A outra chaleira, menor e de porcelana, está sempre com chá verde já preparado, ao lado dos dois copos virados para baixo, sobre um pano limpo.
E eu aproveitei e arrumei uma caixinha de madeira onde organizei meus temperos, em vidros e potinhos diferentes, sem descrição alguma.
Eu gosto disso. Eu gosto de ter e ser casa.
Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Não trabalhar tem um efeito poderoso na trajetória de uma vida. Primeiro de liberdade, de merecimento, de possibilidades. Depois de paralisi...
-
... a metáfora do mergulho (a invenção de uma língua dentro da língua). Não mais o mergulho como busca da palavra justa, bela, precisa (o c...
-
Não trabalhar tem um efeito poderoso na trajetória de uma vida. Primeiro de liberdade, de merecimento, de possibilidades. Depois de paralisi...
-
plenitude. completude. felicidade. até ver o pano de prato no ângulo diverso, imperfeito. até ver a toalha de tricô do lado do avesso, incom...
Um comentário:
é isso aí, reconhecer os temperos pelo cheiro.
mas como o açúcar e o sal são parecidos, lamba!
Postar um comentário