Não tenho vidas paralelas, paralelo-me, e cada coisa a seu modo e a seu tempo tem a meu respeito uma visão. É certo que minhas plantas nutrem hoje por mim muito mais carinho do que sobrou em outro. E é certo também que eu guardo por elas exímia admiração. Estão sempre a sorrir e sempre, sempre à disposição para um toque sincero.
8 de jan. de 2007
Os olhos doem pela insistência em tentar dormir. Em vão. Panelas, fogões e o Código da Vinci vencem e deixam o sono leve, intranqüilo. Às 3h25 a vontade de sair, começar logo o dia, antes que já não haja o mesmo ânimo. Tempos depois, a lancheria da famosa esquina cheirava frango assado. Um adolescente de rua perguntou pra um cara que passava se já era segunda-feira. Quando bocejei, um outro comentou: "mas que soninho". O ônibus tinha escada e todos dentro eram fumantes. Pra esquecer, concentração nos olhos, mantê-los fechados mas não apertados. Jogar o pensamento pra longe, mas já não há muito o que pensar. Ausência temporária de problemas. Já não sinto fome. Férias merecidas para a ansiedade.
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